Falhas graves

Em crise, Ambipar (AMBP3) confirma demissão em massa de gestores antes de pedido à Justiça

Ambipar admite cortes após descobrir falhas graves em governança e controles.

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Ambipar (ReproduçãoReset)
Ambipar (ReproduçãoReset)
  • Ambipar (AMBP3) confirma demissão de 35 gestores após encontrar falhas graves
  • Problemas estavam sob responsabilidade do ex-CFO João Daniel Piran de Arruda
  • Companhia diz que medidas integram processo de correção e reforço de governança

A Ambipar (AMBP3) confirmou que demitiu 35 diretores e gestores pouco antes de solicitar tutela cautelar na Justiça. O movimento chamou atenção da B3, que pediu esclarecimentos formais sobre governança e gestão de riscos.

Segundo a companhia, as demissões ocorreram após a identificação de falhas graves em áreas críticas de controle interno. As irregularidades foram atribuídas ao ex-CFO João Daniel Piran de Arruda, responsável direto pelos processos avaliados.

Governança sob pressão

No ofício enviado à bolsa, a Ambipar afirmou que as mudanças fazem parte de um plano de correção de deficiências detectadas internamente. Além disso, a empresa destacou que a reestruturação busca reduzir fragilidades operacionais e melhorar supervisão.

Ambipar afirma que sua reestruturação corrige deficiências internas, reforça controles e busca estabilidade em meio ao processo de recuperação judicial.
Ambipar afirma que sua reestruturação corrige deficiências internas, reforça controles e busca estabilidade em meio ao processo de recuperação judicial.

O movimento também pretendeu conter riscos e ajustar áreas consideradas vulneráveis. Assim, a companhia tenta reorganizar processos em meio ao avanço da recuperação judicial, que exige maior rigor e controles mais sólidos.

Por isso, a Ambipar reforçou que as medidas seguem um protocolo interno de monitoramento. A empresa disse ainda que os ajustes são contínuos e necessários para garantir estabilidade.

Responsabilidade atribuída ao ex-CFO

A empresa afirmou que as falhas estavam ligadas às áreas sob comando direto do ex-CFO. Desse modo, a Ambipar indicou que a gestão anterior pode ter contribuído para desequilíbrios importantes.

Além disso, a substituição dos gestores é vista como parte de um esforço para reconstruir controles e elevar padrões de transparência. A companhia afirmou que busca restabelecer confiança com credores, investidores e reguladores.

Contudo, a Ambipar também reconheceu que o processo exige tempo e reforço contínuo nos mecanismos de governança. A empresa disse que seguirá atualizando o mercado conforme avançarem as correções.

Ajustes internos e foco no controle

A Ambipar explicou que as medidas adotadas estão alinhadas ao seu sistema de monitoramento. Portanto, novos processos seguem em implementação para mitigar riscos e evitar reincidências.

Além disso, a empresa reforçou que pretende aprimorar auditorias internas e fortalecer equipes de supervisão. O objetivo é reduzir vulnerabilidades e melhorar a eficiência operacional durante a fase judicial.

A companhia afirmou, por fim, que continuará colaborando com a B3 e outros órgãos reguladores. Assim, espera demonstrar conformidade e consolidar uma governança mais robusta ao longo do processo.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.