
- XP mantém recomendação de compra e projeta alta de 16,36% no Itaú (ITUB4).
- Banco aposta em digitalização e IA para dobrar carteira de varejo até 2030.
- Qualidade do crédito segue sólida, com inadimplência controlada e risco reduzido.
A XP Investimentos manteve a recomendação de compra para as ações do Itaú (ITUB4), com preço-alvo de R$ 45 nos próximos 12 meses. O número representa uma alta de 16,36% sobre o fechamento da última sexta-feira (26), quando o papel encerrou a R$ 38,67.
O relatório, assinado por analistas da casa, reflete o otimismo após encontro com executivos do Itaú, que destacaram a disciplina na transformação operacional, a digitalização dos serviços e a eficiência estrutural como bases para crescimento.
O crédito como motor de crescimento
Um dos pontos ressaltados foi a evolução dos empréstimos consignados privados, que oferecem garantias mais sólidas e reduzem o risco de crédito. Essa modalidade permite juros menores e amplia a margem de concessão de crédito.
Segundo o Itaú, a inadimplência da nova carteira permanece dentro das expectativas, enquanto a expansão da carteira legada e a migração do crédito pessoal seguem em andamento.

Assim, o banco consegue equilibrar a qualidade do portfólio em meio ao cenário macroeconômico.
Desse modo, a instituição sinalizou avanços sobre os desdobramentos do Itaú Day, reforçando que está atenta à dinâmica de atrasos e às condições financeiras atuais do mercado.
Digitalização como prioridade estratégica
Outro destaque foi o plano de dobrar a carteira de varejo até 2030, ancorado no uso intensivo de tecnologia.
Além disso, a meta é elevar o atendimento totalmente online de 15% para 75% em até três anos, reduzindo a dependência das agências físicas.
Entre as iniciativas estão a modernização da plataforma, a possível descontinuação dos sistemas mainframe e a adoção de inteligência artificial generativa para escalar negócios e acelerar vendas.
Portanto, segundo a XP essas medidas ampliam eficiência e reduzem custos, fortalecendo o potencial de valorização.
Qualidade do crédito e perspectivas
O Itaú também destacou a redução do risco da carteira de crédito nos últimos três anos, com inadimplência em pessoa física em níveis historicamente baixos.
Já para pequenas e médias empresas, a expectativa é de normalização dos indicadores após o fim do crédito com garantia governamental.
Ademais, apesar do elevado endividamento das famílias de menor renda, o banco avalia que esses clientes mantêm acesso significativo ao crédito, o que ajuda a equilibrar o fluxo financeiro.
Por fim, para a XP a combinação de prudência, inovação e foco em eficiência sustenta o potencial de valorização.