
- Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) lideraram os volumes negociados na B3 em março, impulsionadas por commodities e cenário global
- Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e B3 garantiram lugar no Top 10, reforçando o apelo dos bancos entre os investidores
- Pessoa física apostou em papéis líquidos e voláteis, enquanto fundos e estrangeiros priorizaram ativos estratégicos e exportadores
Em março, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) dominaram o interesse dos investidores na B3, a bolsa brasileira, segundo levantamento realizado pelo DataWise+. As duas gigantes do setor de commodities (mineração e petróleo) não apenas lideraram em volume negociado, como também se destacaram como os ativos mais representativos das estratégias de diferentes perfis de investidores.
A Vale ocupou o primeiro lugar entre os tickers com maior volume financeiro no mês, consolidando sua posição como a ação mais negociada da Bolsa. Logo em seguida, apareceu a Petrobras, com seus papéis preferenciais (PETR4), que também atraíram forte movimentação. Dessa forma, refletindo o protagonismo da estatal nas discussões econômicas e políticas recentes.
A performance das duas empresas foi impulsionada tanto por variações nos preços das commodities quanto pelas expectativas do mercado em relação à política fiscal e ao cenário internacional.
Financeiras dominam o Top 10 e mostram força
Além de Vale e Petrobras, o ranking da B3 em março evidenciou a presença robusta do setor financeiro entre os papéis mais negociados. O Itaú Unibanco (ITUB4) ficou na terceira posição, seguido pela B3 (B3SA3) em quarto lugar.
A lista ainda incluiu Banco do Brasil (BBAS3) em sexto e Bradesco (BBDC4) em sétimo, confirmando o interesse contínuo dos investidores por ativos bancários. Dessa forma, conhecidos por sua liquidez, estabilidade e distribuição de dividendos.
Outros destaques foram a Embraer (EMBR3), em quinto lugar, refletindo o otimismo com a retomada do setor aeroespacial. Além da Ambev (ABEV3), na oitava posição, atraindo investidores defensivos.
A Sabesp (SBSP3), em nono lugar, com influência das expectativas sobre a privatização. E, enfim a JBS (JBSS3), que fechou o Top 10, impulsionada pelo bom desempenho nas exportações e pela retomada da demanda internacional por proteína.
O levantamento do DataWise+ considerou negociações envolvendo ações e units, FIIs (fundos imobiliários), ETFs (fundos de índice) e BDRs (recibos de ações estrangeiras).
Análise detalhada revela preferências por perfil
O DataWise+ também apresentou uma segmentação por categoria de investidor, revelando nuances importantes sobre o comportamento do mercado.
Entre os investidores pessoa física, a preferência se concentrou em ações com maior liquidez e potencial de valorização a curto e médio prazo, com destaque para Petrobras, Vale e empresas do setor bancário.
Essa faixa de investidores costuma acompanhar de perto os noticiários econômicos e buscar oportunidades em papéis com alta volatilidade e bom histórico de dividendos.
Já entre as pessoas jurídicas e fundos de investimento, o foco recaiu sobre ativos estratégicos e de maior peso no Ibovespa, como forma de balancear risco e retorno. Nessas categorias, a presença de ETFs e ações ligadas ao setor financeiro também foi expressiva, refletindo estratégias diversificadas e alinhadas com a composição dos principais índices da Bolsa.
No caso dos investidores não residentes, o levantamento apontou maior exposição a empresas exportadoras e setores atrelados ao mercado global, como mineração, petróleo e proteínas. Já as instituições financeiras, por sua vez, mantiveram foco em ações de alta liquidez, sobretudo do setor bancário, e em operações de curto prazo.
Alta movimentação em março
O levantamento da DataWise+ evidencia que março foi um mês de forte atividade na B3, com destaque para empresas ligadas a commodities, setor financeiro e papéis considerados estratégicos para diferentes perfis de investidores.
O desempenho expressivo de Vale e Petrobras mostra que, mesmo em meio a incertezas políticas e econômicas, o mercado continua atento às oportunidades oferecidas por empresas com peso significativo no índice Ibovespa e relevância global.
Com o crescimento nas negociações e a diversificação dos interesses por perfil de investidor, o cenário de março projeta um segundo trimestre de 2025 com boas perspectivas para o mercado acionário brasileiro. Especialmente, se houver avanços nas pautas econômicas e maior estabilidade política no país.