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Aumento de capital da Priner (PRNR3): como participar e quanto custará? Saiba tudo!

Oferta de até R$ 150 milhões mira aquisições estratégicas e crescimento em mercados como mineração e inspeção avançada

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priner servicos industriais prnr3 3
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A Priner (PRNR3) deu mais informações sobre as condições para participação de seus acionistas no aumento de capital de até R$ 150 milhões aprovado pelo conselho e anunciado na última quarta-feira (2).

O movimento abre espaço para que os acionistas atuais participem diretamente da expansão da empresa, sem surpresas quanto ao preço — e com um potencial estratégico claro.

Isso porque, a operação terá valor mínimo de R$ 80 milhões e será realizada por meio da emissão de até 10 milhões de ações ordinárias ao preço unitário de R$ 15,00, via subscrição privada

O aumento será estruturado para permitir que os investidores escolham participar ou não da rodada, com direito de preferência e possibilidade de adquirir sobras.

Redução na alavancagem da Priner

Segundo a XP Investimentos, a Priner deve contar com o apoio de acionistas-chave para ancorar a oferta, o que traz mais confiança ao processo e indica engajamento da base acionária no plano da empresa. A corretora manteve sua recomendação de compra para PRNR3 após o anúncio.

“Encaramos o anúncio como um desenvolvimento positivo. A transação deve proporcionar à companhia significativa flexibilidade financeira, reduzindo sua alavancagem e dando fôlego para novas aquisições”, diz a XP.

A casa estima que, com os recursos em caixa, a alavancagem da empresa — medida pela dívida líquida/EBITDA — possa cair de 2,5x para até 1,6x, reforçando a capacidade da Priner de executar sua estratégia de consolidação com solidez.

Quem pode participar?

Todos os acionistas que estiverem posicionados em 7 de agosto de 2025 terão direito de preferência para subscrever 0,214 nova ação para cada 1 ação que possuírem

O período para exercício desse direito vai de 8 de julho a 6 de agosto, com prazos distintos para negociação via corretora ou diretamente com o escriturador:

  • Até 5 de agosto às 20h para corretoras;
  • Até 6 de agosto às 16h para a sede do banco Itaú.

Também dá para vender ou comprar o direito

Os investidores que não quiserem exercer seus direitos poderão negociá-los livremente na B3 até 1º de agosto, o que pode ser uma boa oportunidade para quem busca ampliar posição com desconto.

Sobras e adicionais: tem chance extra

Quem tiver apetite para mais ações poderá solicitar sobras e até sobras adicionais, caso existam papéis não subscritos ao final da janela inicial. 

A manifestação de interesse deve ser feita já no boletim de subscrição. As regras e datas desse processo serão comunicadas em novo aviso.

Subscrição pode ser condicionada

Um ponto interessante é que o acionista poderá condicionar sua subscrição a metas mínimas ou máximas de captação. Ou seja: se quiser garantir participação apenas se o aumento atingir R$ 150 milhões (ou, no mínimo, R$ 80 milhões), ele pode. Isso dá mais segurança a quem deseja evitar diluição em caso de adesão fraca.

A Priner estabeleceu o valor mínimo de R$ 80 milhões, com a emissão de pelo menos 5,3 milhões de ações. 

Caso esse montante não seja alcançado, a operação poderá ser cancelada — mas, se for, os valores serão devolvidos aos subscritores.

E depois da subscrição?

Os investidores que entrarem na oferta receberão recibos de ações subscritas, os chamados PRNR3R, que não serão negociáveis se a subscrição estiver condicionada. Esses recibos serão convertidos em ações ordinárias tão logo o aumento de capital seja homologado.

Segundo a empresa, os recursos serão usados para financiar aquisições estratégicas que ampliem o portfólio da Priner com soluções de engenharia de alto valor agregado, com foco em setores como mineração, infraestrutura e inspeção tecnológica.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.