
- Azul registrou queda de 6,3% na receita líquida e de 6,2% no Ebitda em agosto.
- Companhia encerrou o mês com R$ 1,671 bilhão em caixa.
- Empresa segue em recuperação judicial nos EUA e enfrenta pressões financeiras.
A Azul (AZUL4) encerrou agosto com queda tanto na receita líquida quanto no resultado operacional. O balanço mostra os desafios enfrentados pela companhia aérea, que segue em recuperação judicial nos Estados Unidos desde maio deste ano.
Mesmo com R$ 1,671 bilhão em caixa e equivalentes, o desempenho do mês acendeu alertas sobre a capacidade da empresa em manter margens sustentáveis diante da volatilidade do setor.
Receita e Ebitda em queda
A receita líquida da Azul somou R$ 1,889 bilhão em agosto, queda de 6,3% frente aos R$ 2,016 bilhões registrados em julho.
Já o Ebitda ajustado recuou 6,2%, passando de R$ 709 milhões em julho para R$ 664,9 milhões.
Desse modo, a margem Ebitda permaneceu praticamente estável, em 35,2%, indicando algum controle de custos, apesar da pressão sobre a receita.
Estrutura financeira e caixa
A companhia informou ter encerrado agosto com R$ 1,671 bilhão em caixa e equivalentes.
Além disso, apesar da liquidez, a pressão sobre o fluxo operacional segue como ponto de atenção.
Portanto, a linha de contas a receber aumentou de R$ 1,9 bilhão em julho para R$ 2,262 bilhões no fim de agosto, um crescimento relevante em um curto período.
Contexto de recuperação judicial
Desde maio, a Azul conduz um processo de recuperação judicial nos EUA, em busca de reorganizar dívidas e reequilibrar sua estrutura financeira.
Ademais, o desempenho mais fraco de agosto reforça os desafios da companhia em manter operações estáveis enquanto negocia com credores.
Por fim, analistas lembram que, além da pressão operacional, o setor enfrenta custos elevados de combustível e câmbio volátil, fatores que pesam ainda mais no curto prazo.