Forte oscilação

Azul despenca e Petrobras derrete: Ibovespa oscila após recorde e dólar pressiona

Após atingir máxima histórica, Ibovespa começa o dia instável, com Azul afundando mais de 16% após prejuízo, Petrobras amplia perdas.

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Azul despenca e Petrobras derrete: Ibovespa oscila após recorde e dólar pressiona
  • Azul despenca: ações da companhia aérea caem mais de 16% após prejuízo no 1T25
  • Petrobras recua: papéis da estatal lideram perdas em meio a pressão externa e realização de lucros
  • Dólar volta a subir: cotação ultrapassa R$ 5,61 com aumento da aversão ao risco e incertezas fiscais

Após um dia histórico, o Ibovespa iniciou esta quarta-feira (14) com forte oscilação, refletindo o comportamento volátil das principais ações brasileiras e o novo movimento de alta do dólar, que ultrapassa os R$ 5,61.

O mercado abriu com uma leve alta, mas rapidamente passou a oscilar entre ganhos e perdas, em meio a um cenário de realização de lucros, volatilidade externa e resultados corporativos negativos.

O grande destaque negativo do pregão até o fim da manhã foi a Azul (AZUL4). A companhia aérea divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2025 e registrou novo prejuízo, o que derrubou suas ações em mais de 16%, fazendo os papéis atingirem valores próximos de R$ 1,20. Com isso, as ações entraram em leilão, refletindo a forte reação negativa do mercado ao desempenho financeiro da empresa.

Impacto

Enquanto isso, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) ampliaram as perdas e passaram a figurar entre as maiores baixas do dia. PETR3 caía 1,90%, enquanto PETR4 recuava 1,24%.

A estatal sentiu o impacto da pressão externa sobre o petróleo e da realização de lucros após a recente valorização. As chamadas “petro juniores” também acompanharam o movimento de queda, como PRIO3 (-0,38%), RECV3 (-0,06%) e BRAV3 (-0,82%).

Já as ações da Vale (VALE3), que começaram a manhã em alta com a valorização do minério de ferro, viraram para queda e registravam leve baixa de 0,02%, cotadas a R$ 55,16. O recuo acompanhava o clima geral de cautela que voltou a tomar conta do mercado brasileiro e dos investidores estrangeiros.

No câmbio, o dólar comercial apresentava variação positiva de 0,04%, sendo negociado a R$ 5,611, revertendo parte das perdas da véspera. A valorização da moeda americana acontece em um contexto de aumento da aversão ao risco e preocupação com os desdobramentos fiscais e políticos no Brasil, além de um mercado externo ainda sensível ao futuro das taxas de juros nos EUA.

No mercado de juros futuros, os contratos operavam em alta, reforçando o sinal de alerta com o cenário fiscal doméstico e a percepção de que o Banco Central pode manter uma postura mais conservadora nos próximos encontros do Copom.

Mercado financeiro

Entre os papéis de varejo, Casas Bahia (BHIA3) surpreendeu com forte alta de 14,08%, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) subia 1,20% e Petz (PETZ3) recuava 0,70%. O setor abriu de forma mista, assim como o de frigoríficos, siderúrgicas e bancos.

Nos índices de volatilidade, o VXBR, que mede a oscilação da bolsa brasileira, caía 6,14%, a 15,90 pontos. Já o VIX, que monitora o S&P 500 nos EUA, recuava 0,27%, a 18,17 pontos — sinalizando um leve alívio nos mercados internacionais.

O Ibovespa, que ontem bateu recorde de pontuação, mostrava instabilidade e operava por volta das 10h40 aos 139 mil pontos, com alta de apenas 0,12%. Dessa forma, mostrando que o dia promete ser de grandes emoções para investidores que acompanham a movimentação do mercado financeiro.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.