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Azul e Gol desistem de fusão e mercado reage: veja o que mais agita as empresas hoje

Negociações entre as aéreas foram encerradas e outras companhias anunciam medidas relevantes para investidores.

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Azul Gol e Latam
Azul Gol e Latam
  • Azul e Gol encerram negociações de fusão, surpreendendo o mercado aéreo.
  • Braskem contrata assessores para revisar alternativas de capital e reforçar estratégia.
  • Santander, Cury, Vamos, GPS e outras empresas também anunciam decisões que movimentam investidores.

Nesta quinta-feira (25), anúncios movimentaram o mercado corporativo brasileiro e chamaram a atenção dos investidores. O destaque ficou para o encerramento das negociações entre Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4), que discutiam uma possível fusão desde 2024. O rompimento do acordo de codeshare reacende dúvidas sobre o futuro do setor aéreo.

Além disso, a Braskem (BRKM5) comunicou a contratação de assessores para avaliar alternativas de capital, enquanto empresas como Santander, Tegma, GPS, Cury, Vamos e outras também divulgaram novidades relevantes em seus negócios.

Azul e Gol encerram fusão

As companhias aéreas confirmaram o fim das conversas para uma combinação de negócios. A empresa rescindiu o acordo de codeshare firmado em maio de 2024, que previa integração parcial de rotas e serviços.

Além disso, a decisão pegou parte do mercado de surpresa, já que havia expectativa de sinergias no setor e melhora de competitividade frente a players internacionais. Agora, cada empresa segue isoladamente seus planos estratégicos em meio a um ambiente de custos altos com combustíveis e câmbio volátil.

Desse modo, como reflexo, investidores voltam a avaliar os riscos do setor, que ainda enfrenta margens pressionadas e demanda instável no mercado doméstico.

Braskem analisa estrutura de capital

A Braskem anunciou a contratação de assessores financeiros e jurídicos para realizar um diagnóstico completo de alternativas econômicas e financeiras. O objetivo é encontrar formas de otimizar sua estrutura de capital em um cenário de volatilidade global.

A medida é vista como tentativa de reforçar a resiliência da companhia em meio às incertezas do setor petroquímico. Ademais, o mercado acompanha de perto possíveis ajustes que podem impactar diretamente no valor de suas ações.

Por fim, especialistas avaliam que mudanças na alavancagem podem trazer impacto sobre distribuição de dividendos e novos investimentos.

Outras movimentações corporativas

Além das aéreas e da petroquímica, outras empresas divulgaram medidas estratégicas. O Santander Brasil aprovou um programa de recompra de até 37,4 milhões de units. A Tegma autorizou aporte de R$ 12,85 milhões em sua controlada Fastline, enquanto a GPS confirmou emissão de R$ 3,55 bilhões em debêntures.

Já a Cury aprovou R$ 200 milhões em dividendos, e a Vamos captou US$ 350 milhões em dívida externa, com demanda quase dobrada. A Whirlpool, por sua vez, anunciou a saída imediata do diretor de relações com investidores Thiago Agda de Sousa.

No setor de energia, a Aneel confirmou o primeiro leilão de 2025 para localidades fora do Sistema Interligado Nacional. A Syn Prop e Tech recebeu mais uma tranche de venda de participação em projeto imobiliário e a Telebras homologou aumento de capital.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.