
- Luciano Huck avalia comprar o Will Bank, do Banco Master.
- Negociações ainda são iniciais, com participação de fundos e do BRB.
- Venda pode reduzir o passivo bilionário do Banco Master e aliviar a pressão do FGC.
O apresentador Luciano Huck está avaliando a compra do Will Bank, banco digital controlado pelo Banco Master, segundo fontes ouvidas pela imprensa. O negócio envolve um grupo de investidores privados e ainda está em fase inicial de conversas.
O movimento acontece em meio à crise de liquidez do Banco Master, que tenta vender ativos para reduzir dívidas e evitar medidas do Banco Central. Huck é um dos quatro interessados na instituição, que possui cerca de 9 milhões de clientes e R$ 14,4 bilhões em ativos.
Negociações ainda estão no início
As negociações entre Huck e o Banco Master ainda são consideradas preliminares. Fontes afirmam que não há proposta formal, mas as conversas avançam com cautela, especialmente após o nome do apresentador ganhar força no mercado financeiro.
A Folha de S.Paulo revelou na quinta-feira (9) que, além de Huck, fundos de private equity e o Banco de Brasília (BRB) também demonstraram interesse na aquisição. Sendo assim, a operação poderia aliviar o passivo do Banco Master, controlado pelo empresário Daniel Vorcaro.
Procurado, Huck disse por meio de sua assessoria que não comentaria o assunto por “não haver nada concreto no momento”. Já o Banco Master também não se pronunciou oficialmente até a publicação da reportagem.
Relação entre Huck e o Will Bank
A relação entre Luciano Huck e o Will Bank não é nova. O apresentador mantém parceria comercial com a fintech, que patrocina o quadro “Willimpíadas” do programa “Domingão com Huck”, da TV Globo.

Com estreia prevista para 12 de outubro, o quadro premiará o vencedor com R$ 1 milhão em barras de ouro, em uma competição que envolve testes sobre finanças pessoais com 200 participantes. Além disso, o projeto reforça o vínculo de imagem entre Huck e o banco digital.
Fontes próximas ao apresentador afirmam que a sinergia entre sua marca pessoal e o público do Will Bank, majoritariamente das classes C e D, motivou o interesse na possível aquisição.
Situação do Banco Master e pressão do FGC
O Banco Master vive um dos momentos mais delicados de sua história. Assim, a instituição recorreu a uma linha emergencial de R$ 4,5 bilhões junto ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para honrar depósitos e evitar colapso financeiro.
Essa linha de crédito venceu em 1º de outubro, mas as negociações para vender o Will Bank e reduzir o passivo seguem em andamento. Ademais, segundo fontes do mercado, a venda é vista como fundamental para a sobrevivência do conglomerado.
Por fim, com um prejuízo de R$ 244,7 milhões no primeiro semestre e patrimônio líquido de cerca de R$ 300 milhões, o Master tenta reorganizar sua estrutura enquanto enfrenta investigações do Ministério Público Federal sobre possíveis irregularidades no sistema financeiro.