Bancos, frigoríficos e Vale impulsionam Ibovespa, fechando em alta com giro de R$ 18 bi

• Ibovespa fechou em alta de 0,63%, impulsionado por Vale, bancos e frigoríficos
• Após oscilar, PETR4 encerrou o dia com leve ganho, acompanhando o petróleo
• Semana mais curta mantém investidores atentos ao dado de inflação que sai na sexta

O Ibovespa fechou esta terça-feira (22) em alta de 0,63%, aos 130.464 pontos, embalado pelo desempenho positivo de ações de peso como Vale (VALE3), frigoríficos e os principais bancos do país.

A valorização expressiva de papéis ligados ao setor financeiro e de commodities compensou os momentos de instabilidade durante o dia, quando o índice chegou a tocar a mínima de 128.725 pontos. No fim da sessão, a bolsa registrou volume financeiro de R$ 18,3 bilhões.

A Vale subiu 1,78%, beneficiada pelo otimismo com os preços do minério de ferro e pela perspectiva de retomada de demanda na China. No setor bancário, Itaú Unibanco (ITUB4) teve forte valorização de 1,95%, Itaúsa (ITSA4) avançou 2,21% e a B3 (B3SA3) fechou em alta de 1,97%. O Bradesco (BBDC4), por outro lado, oscilou bastante ao longo do dia e terminou com leve queda de 0,39%.

Entre os frigoríficos, o movimento foi praticamente em bloco: Minerva (BEEF3) liderou os ganhos do setor com alta de 3,64%, enquanto BRF (BRFS3) avançou 2,98%. As exportações em alta, especialmente para países da Ásia e do Oriente Médio, impulsionam o setor, que também aproveita o aumento da competitividade no mercado interno de proteína.

Petrobras resiste à volatilidade e fecha no azul

A Petrobras (PETR4) enfrentou forte volatilidade ao longo do pregão, mas conseguiu reverter as perdas no fim da sessão, encerrando com leve alta de 0,23%.

O papel, o mais negociado do dia, reagiu positivamente à alta do petróleo no mercado internacional, embora tenha oscilado bastante em meio às incertezas sobre a política de preços da estatal e seus desdobramentos sobre os lucros futuros.

A Copel (CPLE6) também se destacou, com valorização de 1,18%, após recomendação positiva de uma grande casa de análise. Analistas veem a empresa como uma boa opção de investimento no setor elétrico neste momento, diante de seus fundamentos sólidos e oportunidades de crescimento.

Na outra ponta, Embraer (EMBR3) amargou a maior queda do dia, refletindo movimentos de realização de lucros e ajustes técnicos. A ação recuou em meio à cautela do investidor com o setor industrial e após uma sequência de altas recentes.

IPCA-15 no radar e semana mais curta seguram expectativas

Com a semana mais curta por conta do feriado de Tiradentes, o mercado local segue atento aos dados de inflação. O IPCA-15 de abril, que será divulgado na sexta-feira (25), concentra as atenções de investidores e analistas. O indicador pode ajudar a calibrar as expectativas sobre o ritmo de cortes na Selic e o comportamento da atividade econômica.

Enquanto isso, o investidor tenta ajustar suas posições em meio a um cenário externo ainda incerto, mas com momentos de alívio. A alta das commodities e o apetite pontual por risco contribuíram para o bom desempenho da bolsa nesta terça-feira.

Na lista das ações com melhor desempenho do dia, MRV Engenharia (MRVE3) liderou com alta superior a 8%, impulsionada por fatores técnicos e leitura positiva do mercado para o setor imobiliário. A ação ganhou força ao longo do pregão e encerrou como a maior valorização da sessão.

Com o fechamento desta terça, o Ibovespa acumulou ganho de mais de 800 pontos desde a abertura, sustentado por setores estratégicos e pela expectativa de novos indicadores. A cautela segue no radar, mas o dia foi de fôlego renovado para a bolsa brasileira.