Crescimento operacional

BBI vê retorno de 52% em OceanPact (OPCT3) com dividendos no radar e forte geração de caixa

Bradesco BBI projeta ciclo de crescimento operacional e vê espaço para política de dividendos a partir de 2026, elevando o potencial total de retorno.

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ipo oceanpact 1
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  • Bradesco BBI projeta retorno total de 52% para OceanPact (OPCT3) até 2026.
  • Dividendos previstos de R$ 262 milhões em 2026 e R$ 574 milhões em 2027.
  • Empresa reduz alavancagem e se prepara para anunciar política de dividendos.

A OceanPact (OPCT3) entrou novamente no radar dos investidores após o Bradesco BBI reafirmar recomendação de compra para as ações. Segundo o banco, a tese combina crescimento operacional sólido com potencial de distribuição de dividendos, podendo gerar retorno total de 52% até 2026.

O preço-alvo foi mantido em R$ 10, o que implica potencial de valorização de 34%. Além disso, a instituição projeta dividendos expressivos nos próximos anos, alinhados à tendência global de maior retorno ao acionista observada em empresas do setor marítimo.

Crescimento operacional acelerado

De acordo com o BBI, a OceanPact deve continuar apresentando melhora operacional consistente. O EBITDA da empresa deve subir de menos de R$ 200 milhões em 2021 para quase R$ 1 bilhão até 2026, refletindo o aumento da demanda por serviços offshore.

Além disso, o relatório destaca eventos de liquidez relevantes no horizonte, que podem impulsionar o caixa da companhia. Esse avanço, somado à desalavancagem contínua, cria condições favoráveis para iniciar uma política de dividendos estruturada.

O banco compara o movimento à experiência de pares internacionais, como DOF e Tidewater, que elevaram o foco em distribuição de lucros após ciclos de reestruturação financeira.

Dividendos estruturados em 2026

Embora a administração ainda não tenha formalizado uma política de dividendos, o Bradesco BBI aponta que a OceanPact demonstra postura favorável à remuneração dos acionistas. A empresa vem reforçando o compromisso com alocação eficiente de capital e retorno financeiro sustentável.

Segundo o banco, o anúncio de uma política formal deve ocorrer quando a alavancagem cair abaixo de 2 vezes, o que é esperado para 2026. Essa mudança pode atrair novos investidores, aumentar a liquidez das ações e ampliar a base institucional.

Com base nas estimativas, o BBI projeta R$ 262 milhões em dividendos em 2026 e R$ 574 milhões em 2027, o que equivale a yield de 17,5% e 38%, respectivamente níveis considerados muito atrativos para o mercado local.

Risco estrutural e oportunidades

Apesar do cenário otimista, o relatório cita riscos operacionais e financeiros. Entre os principais estão o aumento do capex, possíveis aquisições com múltiplos elevados (M&A) e alta nas taxas de juros domésticas, fatores que podem afetar a margem de lucro.

Por outro lado, o BBI ressalta que a OceanPact está bem posicionada para aproveitar a tendência global de valorização do setor marítimo. Ademais, a empresa deve capturar valor à medida que melhora sua eficiência e mantém disciplina financeira.

Com estrutura sólida, contratos firmes e projeções de lucro crescentes, a companhia segue no centro das atenções do mercado, especialmente entre os investidores que buscam ações pagadoras de dividendos.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.