Sob forte pressão

Bitcoin derrete em novembro e perde suportes críticos; analistas cogitam quedas ainda mais profundas

Criptomoeda tem pior mês desde 2021, rompe US$ 90 mil e amplia temor de correção prolongada.

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Bitcoin derrete em novembro e perde suportes críticos; analistas cogitam quedas ainda mais profundas
  • Bitcoin tem pior mês desde 2021 e perde suportes como US$ 100.000 e US$ 90.000
  • Fluxo vendedor aumenta após rebaixamento da Tether e risco em índices MSCI
  • Cenário técnico segue baixista, com suportes críticos entre US$ 83.322 e US$ 74.508

O Bitcoin (BTC) voltou a operar sob forte pressão e fechou novembro com queda de 17,56%, no pior desempenho mensal desde 2021. A criptomoeda ainda acumula retração superior a 7% em 2025, após perder suportes importantes e tocar a mínima de US$ 84.734, movimento que reacende o temor de uma correção prolongada.

Com o ambiente global mais avesso ao risco e fatores específicos ampliando o pessimismo, o BTC rompeu a região dos US$ 90 mil e passou a negociar em níveis que colocam em risco a tendência de médio prazo. O mercado observa sinais de enfraquecimento estrutural, agora reforçados por fluxos negativos, maior correlação com ações e deterioração técnica clara.

Pressão global e eventos da indústria ampliam queda

O aumento da aversão ao risco no mercado internacional intensifica o movimento de venda em ativos digitais. A correlação crescente com bolsas dos EUA deixa o Bitcoin mais vulnerável aos ciclos macroeconômicos, especialmente em períodos de baixa volatilidade.

Além desse cenário, fatores específicos acentuam a pressão. O rebaixamento da Tether pela S&P Global e a possibilidade de exclusão de empresas expostas a cripto dos índices MSCI reforçam a queda de confiança.

Com isso, o setor opera em bloco: contratos futuros da CME mostram menor disposição por altas sustentadas e altcoins como o ether replicam o movimento negativo, ampliando o tom pessimista.

Estrutura técnica deteriora após topo histórico

Depois de renovar a máxima em US$ 126.199, o Bitcoin iniciou uma sequência de rompimentos relevantes. Sendo assim, o preço perdeu a faixa dos US$ 100.000, que funcionava como suporte psicológico, e mergulhou em um fluxo descendente contínuo.

Bitcoin mantém viés baixista após perder suportes importantes e só reverterá o movimento caso surja forte entrada compradora nos próximos níveis de preço.
Bitcoin mantém viés baixista após perder suportes importantes e só reverterá o movimento caso surja forte entrada compradora nos próximos níveis de preço.

Além disso, o movimento recente confirma a dominância vendedora, pois tentativas de recuperação foram rapidamente anuladas. Logo, a região atual, próxima de US$ 86.000, segue mostrando fraqueza e exige entrada expressiva de força compradora para interromper a tendência.

Portanto, sem esse sinal, o ativo mantém viés baixista no curto e no médio prazo, com risco de novas quedas caso o volume continue retraído.

Visão semanal reforça risco de quedas mais longas

No gráfico semanal, o BTC confirma quebra estrutural após semanas de lateralização na máxima histórica. A perda dos US$ 100.000 e a consolidação abaixo dos US$ 90.000 reforçam um cenário desfavorável para movimentos de retomada.

Ademais, mesmo com uma leve recuperação no final da última semana, o início desta mostra fraqueza renovada, mantendo o ativo em tendência clara de baixa.

Por fim, para inverter esse quadro, seria necessário romper regiões como US$ 94.261 e US$ 100.000, além de sustentar movimentos até US$ 106.011 e US$ 116.400, algo distante do comportamento atual.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.