
- Bitcoin rompe US$ 118 mil com alta superior a 4% nesta quarta-feira.
- Outubro retoma o “Uptober”, mês historicamente forte para o BTC.
- Analistas projetam US$ 200 mil para o Bitcoin e até US$ 15 mil para o Ethereum.
O Bitcoin (BTC-USD) voltou a subir com força e passou dos US$ 118 mil, acumulando ganhos acima de 4% nesta quarta-feira (30). A disparada ocorreu em meio à incerteza provocada pelo risco de shutdown nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que investidores retomaram a confiança em outubro, mês conhecido como favorável para as criptomoedas.
Apelidado de “Uptober”, outubro já registrou ganhos em 10 dos últimos 12 anos. Agora, os investidores enxergam não apenas o padrão histórico, mas também condições externas que podem reforçar a escalada. Para analistas, esse movimento sazonal, junto à liquidez global, pode levar o BTC a novos patamares nos próximos meses.
Outubro pode ser o gatilho para nova corrida
Historicamente, setembro costuma ser fraco para o Bitcoin, mas em 2025 ele fechou em alta de 4%. Esse resultado fortaleceu as expectativas de que outubro pode ser ainda mais intenso, impulsionando uma arrancada que marque o início de um novo ciclo de valorização.
A Compass Point Research destacou que movimentos de baixa frustrados, como o que ocorreu em setembro, geralmente abrem espaço para ralis mais longos. Assim, a recuperação recente elevou o ânimo de traders que estavam cautelosos, mas agora enxergam um campo fértil para ganhos.
Além disso, a Conta Geral do Tesouro dos EUA segue estável, o que reduz pressões sobre a liquidez. Com isso, há espaço para que investidores redirecionem recursos de títulos públicos para ativos de risco, como o Bitcoin.
Stablecoins puxam a nova onda de adoção
Outro fator de sustentação vem das stablecoins. Após a aprovação da legislação regulatória nos EUA, em julho, a emissão do USDC (Circle) cresceu 19% no trimestre, atingindo US$ 73,6 bilhões. O avanço é bem superior ao crescimento de apenas 2% visto no trimestre anterior.
Segundo a Seaport Research, esse aumento ocorre em um momento oportuno, já que o quarto trimestre tende a ser positivo para cripto. A diversificação também chamou atenção: 62% das emissões estão no Ethereum, 14% em Solana e 8% em Hyperliquid, o que amplia o alcance das stablecoins.
Para gestores de fundos, a nova onda de adoção cripto deve vir justamente das stablecoins, trazendo maior confiança institucional. Esse movimento, caso confirmado, dará sustentação a uma valorização mais duradoura das criptomoedas.
Projeções agressivas para Bitcoin e Ethereum
Analistas já projetam alvos ousados. Em agosto, a Bernstein estimou que o Bitcoin pode alcançar valores entre US$ 150 mil e US$ 200 mil nos próximos 6 a 12 meses, em uma corrida que pode se estender até 2027.
No caso do Ethereum, a Fundstrat prevê que o token chegue a US$ 10 mil até o final de 2025, podendo alcançar US$ 15 mil em cenário mais otimista. Essa projeção reforça a ideia de que a valorização não se restringe ao Bitcoin, mas pode se espalhar para outras grandes criptos.
Somado ao otimismo sazonal de outubro, o quadro geral aponta para uma configuração de alta no mercado cripto. Se confirmada, essa tendência pode consolidar o período como um dos mais marcantes para o setor desde 2021.