
- Bitcoin sobe 22,79% no ano e Ethereum 24,80%, em meio a corte de juros nos EUA
- ETFs e entrada de gestoras como BlackRock ampliam liquidez e credibilidade
- BTC é visto como proteção contra inflação, enquanto ETH consolida força em DeFi
O Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH) seguem em forte trajetória de valorização em 2025. Até a tarde desta quarta-feira (24/09), o BTC estava cotado a US$ 113.531, alta de 22,79% no ano, enquanto o ETH subia 24,80%, a US$ 4.161.
No acumulado de 12 meses, os ganhos são ainda mais expressivos: 80,16% para o BTC e 58,70% para o ETH. Os números confirmam o apetite renovado dos investidores, em meio à maior entrada de capital institucional da história do setor.
Juros mais baixos favorecem ativos de risco
O corte de 0,25 ponto nos juros pelo Federal Reserve (Fed), levando a taxa para o intervalo entre 4% e 4,25%, foi decisivo para sustentar a alta. Essa redução, a primeira desde dezembro do ano passado, devolveu força aos ativos de risco.
Ainda que a decisão tenha provocado uma leve correção inicial, o movimento de realização de lucros foi passageiro. O Fed indicou que pode promover mais duas reduções em 2025, fortalecendo a perspectiva de maior liquidez global.
Esse cenário torna as criptos mais atraentes frente a aplicações tradicionais de renda fixa, ampliando a migração de recursos para o mercado digital.
ETFs e gestoras ampliam exposição
Outro motor da valorização é a entrada massiva de ETFs de Bitcoin e Ethereum no mercado americano. Eles permitem exposição simplificada ao investidor comum e abrem espaço para que fundos e bancos ampliem alocação.
Gestoras como BlackRock já consolidaram estratégias que envolvem criptoativos, elevando a credibilidade do setor. Além disso, companhias listadas em bolsa começaram a alocar parte do caixa em BTC e ETH como forma de diversificação.
A Tesla e a MicroStrategy (Strategy) são exemplos de empresas que mantêm Bitcoin como reserva. Já a SharpLink Gaming, listada na Nasdaq, escolheu o Ethereum como principal ativo em tesouraria.
Narrativa de proteção e inovação
A percepção do Bitcoin como proteção contra a inflação reforça a demanda. A escassez programada de 21 milhões de moedas circulantes faz da cripto um ativo único no mercado.
O Ethereum, por sua vez, segue dominante no ecossistema de contratos inteligentes e DeFi (finanças descentralizadas), atraindo desenvolvedores e empresas de tecnologia. Essa característica sustenta seu valor de longo prazo, além da especulação de curto prazo.
Com mais empresas incorporando ativos digitais em estratégias de negócio, a fronteira entre cripto e mercado tradicional se torna cada vez mais tênue.