
- Bradesco lidera ganhos com alta de 15,64% após balanço positivo, puxando euforia no setor bancário
- AZZA3 dispara 22,03% e é a maior alta do dia, seguida por fortes ganhos em CVC, Movida, Anima e varejistas como Lojas Renner e Magalu
- Ibovespa sobe 2,12%, enquanto Vale recua com queda do minério; BBDC4 lidera volume negociado e BEEF3 amarga pior desempenho
A quinta-feira teve gosto de celebração para investidores na B3. O Ibovespa encerrou o pregão com alta expressiva de 2,12%, aos 136.231,90 pontos, embalado por um verdadeiro rali de ações impulsionado pela divulgação de balanços corporativos fortes, principalmente do setor financeiro.
O destaque absoluto ficou com o Bradesco (BBDC4), que subiu impressionantes 15,64% após apresentar resultados do primeiro trimestre que superaram as expectativas dos analistas. O bom desempenho puxou a fé de outros papéis bancários, como B3 (B3SA3), que valorizou 8,37%; Santander (SANB11), com avanço de 4,13%; e Itaú Unibanco (ITUB4), que registrou alta de 0,80%.
Balanço
A multiplicação dos ganhos não ficou restrita ao setor bancário. Azzas 2154 (AZZA3) foi a estrela do dia, disparando 22,03% após revelar um balanço do 1T25 que animou o mercado.
A ação foi a maior alta do pregão, sendo seguida de perto por CVC (CVCB3), com 11,06%; Movida (MOVI3), que saltou 16,72%; Anima (ANIM3), com 10,00%; e Hapvida (HAPV3), com 9,33%. Lojas Renner (LREN3) e Magazine Luiza (MGLU3), alicerçadas no bom humor do varejo, também surfaram na onda positiva e avançaram 7,45% e 5,62%, respectivamente.
Entre os destaques, a C&A (CEAB3) chamou atenção com alta de 13,35%, mesmo com queda do lucro no trimestre. A leitura dos investidores foi de que os ajustes estratégicos podem começar a surtir efeito. Já a Ambev (ABEV3) teve uma alta modesta de 0,70%, refletindo um primeiro trimestre sem grandes surpresas.
Petrobras (PETR4), contudo, contribuiu para o clima positivo ao subir 1,39%, beneficiada pela valorização do petróleo no mercado internacional. No entanto, nem todos os papéis entraram no clima de celebração. A Vale (VALE3) recuou 0,30% após passar o dia em instabilidade, pressionada pela queda do minério de ferro no mercado asiático.
O volume negociado também foi destaque, com BBDC4 se tornando a ação mais operada do dia. No outro extremo, a Marfrig (BEEF3) teve o pior desempenho da sessão, refletindo pressão sobre o setor de proteínas.
O dia deixa um recado claro: quando os resultados agradam e o humor externo colabora, o Ibovespa é capaz de produzir verdadeiros milagres no curto prazo. Resta, portanto, saber se o clima de devoção aos balanços corporativos continuará nos próximos pregões ou se essa fé será posta à prova diante de novos desafios econômicos.