
- BTG reduziu preço-alvo de BRKM5 de R$ 13 para R$ 11
- Passivo ambiental e indefinição societária seguem pressionando a empresa
- Perspectiva de recuperação só em caso de melhora macro e jurídica
O BTG Pactual reduziu o preço-alvo de Braskem (BRKM5) de R$ 13 para R$ 11, reforçando o tom cauteloso sobre a petroquímica. A decisão vem em meio a um ambiente global desafiador, marcado por excesso de capacidade produtiva, spreads petroquímicos comprimidos e custos elevados de matérias-primas.
Desse modo, para os analistas, além do cenário externo difícil, o passivo de Alagoas e a indefinição sobre o futuro controle acionário da empresa adicionam incerteza e pressionam a percepção de risco dos investidores.
Impacto sobre a ação
O BTG destacou que o corte de preço-alvo reflete a dificuldade em enxergar gatilhos de valorização no curto prazo. O ambiente global mais fraco limita margens e reduz perspectivas de crescimento.
Nesse sentido, mesmo com a ação em patamar baixo, o banco entende que a pressão sobre spreads e custos deve continuar. Isso reduz a atratividade de BRKM5 no curto prazo.
Desse modo, a recuperação, segundo os analistas, dependerá de uma melhora macro e da definição sobre o futuro da companhia. Até lá, a volatilidade deve permanecer alta.
Riscos adicionais
O passivo ambiental de Alagoas segue como um dos maiores entraves. O banco ressalta que os custos associados ainda são incertos e podem gerar novos ajustes.
Sendo assim, essa incerteza jurídica adiciona pressão sobre a avaliação da Braskem. Para investidores, significa risco adicional em qualquer tese de valorização.
Além disso, a indefinição sobre o controle da empresa deixa espaço para especulações. Portanto, isso aumenta a oscilação dos papéis e dificulta previsões.
Olhar para o investidor
O relatório do BTG mostra que a cautela ainda é a melhor postura em relação a BRKM5. O cenário estrutural segue adverso e limita ganhos no curto prazo.
Ademais, para investidores que acompanham a ação, os riscos superam os potenciais retornos no momento. O foco deve estar em monitorar avanços jurídicos e societários.
Por fim, se, no entanto, houver alívio global nos spreads e clareza sobre o passivo, a ação pode encontrar espaço para recuperação. Mas isso ainda parece distante.