Queda frustrante

BRB (BSLI3;BSLI4) desaba na Bolsa após veto do BC: investidores em choque com decisão inesperada

Banco Central barra aquisição do Master e frustra planos de expansão; ações do BRB caem mais de 10% em um único pregão.

Apoio

Agência Banco BRB
Crédito: Depositphotos
  • Banco Central rejeitou aquisição do Master pelo BRB, frustrando expansão do estatal.
  • Ações do BRB (BSLI3/BSLI4) despencaram mais de 10% após o anúncio da decisão.
  • Analistas veem postura mais rígida do regulador e risco contido para o BRB ao evitar exposição ao Master.

O Banco de Brasília (BRB) sofreu um duro revés no mercado nesta quinta-feira (4). As ações do banco estatal despencaram mais de 10% após o Banco Central rejeitar a aquisição do Banco Master, operação que vinha sendo acompanhada de perto por investidores.

A decisão do regulador, comunicada na véspera, colocou em xeque os planos de crescimento do BRB e trouxe novas incertezas para o setor bancário em meio ao ambiente já desafiador.

A queda no mercado

Às 13h23, as ações ordinárias (BSLI3) caíam 10,3%, enquanto as preferenciais (BSLI4) também registravam forte baixa.

O movimento reflete a decepção dos investidores com a interrupção da transação, que era vista como estratégica para ampliar a relevância do BRB no sistema financeiro.

O banco informou que solicitou acesso à íntegra da decisão para avaliar seus fundamentos e examinar alternativas. Por enquanto, não há sinalização de novo desenho para a operação.

Consequências para o setor

Para analistas, a recusa do BC mostra a postura mais rígida do regulador diante de negócios que envolvem instituições em dificuldades, como o Master.

Além disso, o mercado já vinha apontando riscos elevados na operação, especialmente ligados a liquidez e exposição a CDBs do banco alvo.

Com isso, a frustração do mercado pode se transformar em cautela em relação a movimentos semelhantes. Portanto, o episódio reforça a mensagem de que aquisições de instituições com balanços frágeis devem enfrentar mais barreiras regulatórias.

Impactos no BRB

Sem a aquisição, o BRB mantém seu porte atual, mas perde a chance de expandir rapidamente sua base de clientes e ativos.

Ademais, para alguns gestores a queda abrupta das ações também reflete a percepção de que o banco terá mais dificuldades para buscar novos caminhos de crescimento no curto prazo.

Por outro lado, parte do mercado avalia que a decisão pode evitar riscos maiores, poupando o BRB de carregar ativos problemáticos e se envolver em polêmicas que cercam o Master.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.