
- BTG reduziu preço-alvo da Prio de R$ 65 para R$ 61 após balanço do 2º trimestre
- Paralisação do campo Peregrino e resultados fracos pesaram nas projeções para 2025
- Empresa segue vista como produtora eficiente, com baixo breakeven e geração de caixa robusta
O BTG Pactual reduziu nesta quarta-feira (20) o preço-alvo das ações da Prio (PRIO3). O valor projetado caiu de R$ 65 para R$ 61, refletindo resultados abaixo do esperado no segundo trimestre de 2025.
Mesmo com a revisão, a recomendação de “compra” foi mantida. O banco reforçou a visão de que a companhia continua entre as produtoras mais eficientes do setor de óleo e gás, com baixo breakeven e capacidade robusta de gerar caixa.
Revisão após o balanço
A decisão do BTG veio após a divulgação dos números do segundo trimestre. Os resultados mostraram desempenho mais fraco do que o esperado, com impacto direto nas margens da empresa.
Segundo os analistas, a queda dos volumes produzidos no período pesou sobre as receitas. A empresa também enfrentou custos maiores em algumas operações, o que reduziu a eficiência operacional.
Além disso, a paralisação temporária do campo Peregrino foi considerada um fator de risco adicional. Esse evento elevou a incerteza sobre a produção futura e limitou a previsão de crescimento para 2025.
Desse modo, por conta desse conjunto de fatores, o banco decidiu ajustar o modelo de avaliação, reduzindo o preço-alvo, mas mantendo a visão positiva de longo prazo.
Qualidade operacional segue em evidência
Apesar dos ajustes, o relatório do BTG destacou pontos de força da petroleira. A Prio é vista como uma produtora de alta qualidade, capaz de sustentar margens mesmo em cenários de volatilidade do petróleo.
Ademais, o baixo breakeven, que é o custo mínimo para viabilizar a produção, garante competitividade frente a rivais globais. Essa característica reduz o risco de perdas mesmo em momentos de queda no preço do barril.
Assim, outro destaque é a forte geração de fluxo de caixa. O banco reforça que essa capacidade continuará a beneficiar os acionistas por meio de dividendos e eventuais recompras de ações.
Portanto, em meio às revisões a perspectiva de longo prazo da empresa permanece sólida, com fundamentos que seguem atraindo investidores de perfil estratégico.
O que esperar daqui para frente
Os analistas apontam que a recuperação da produção no campo Peregrino será decisiva. A normalização das operações tende a melhorar resultados e sustentar projeções mais otimistas.
Além disso, o desempenho futuro da Prio dependerá da dinâmica internacional do petróleo. Caso os preços globais mantenham estabilidade, a empresa terá maior previsibilidade para ajustar seus investimentos.
Nesse sentido, o mercado acompanha ainda possíveis novos projetos e aquisições que a companhia pode anunciar. Essas movimentações podem reforçar a tese de crescimento e reduzir a dependência de ativos já maduros.
Por fim, mesmo com os desafios atuais, a manutenção da recomendação de compra mostra que o banco enxerga espaço relevante para valorização no médio prazo.