
- BTG acumula valorização de 80% em 2025 e ultrapassa gigantes como Bradesco e Banco do Brasil.
- Lucro líquido saltou de R$ 1,5 bi em 2011 para R$ 14 bi LTM, com ROE acima de 27%.
- Analistas projetam crescimento médio de 15% ao ano, mesmo após a forte alta de BPAC11.
O BTG Pactual (BPAC11) acumula valorização de quase 80% em 2025 e ultrapassou bancos centenários, consolidando-se como o 3º maior da América Latina em valor de mercado. O desempenho impressiona investidores que agora se perguntam: vale a pena entrar no papel depois dessa alta?
Com resultados robustos, diversificação de receitas e uma cultura agressiva de crescimento, o BTG se tornou uma das instituições mais resilientes do setor financeiro. Os números recentes comprovam essa força e apontam para espaço adicional de valorização, mesmo após o rali do ano.
A história de um gigante que nasceu pequeno
O BTG Pactual nasceu em 1983 como Pactual, em um mercado dominado por bancos estatais. Desde o início, a filosofia foi marcada por meritocracia, empreendedorismo e disciplina de execução. A estratégia moldou nomes que se tornariam referência, como Paulo Guedes e André Jakurski.
O ponto de virada ocorreu com André Esteves, que começou como estagiário e anos depois liderou o renascimento da instituição. Após a venda ao UBS em 2006, Esteves voltou à cena em 2008, fundou o BTG Investments e, em seguida, recomprou o Pactual. Nascia o BTG Pactual, cujo nome carrega o lema “Back To the Game”.
Esse retorno marcou o início de um ciclo de expansão agressiva. Em pouco mais de uma década, o BTG se transformou de banco de investimentos em uma plataforma completa, com braços em crédito corporativo, gestão de fortunas, asset management e uma plataforma digital que hoje rivaliza com bancos tradicionais.
Resultados financeiros e crescimento acelerado
O banco impressiona pelo ritmo dos números. Em 2025, o BTG ultrapassou R$ 2 trilhões em ativos sob gestão e administração e manteve um índice de eficiência de 37%, patamar superior ao de seus concorrentes.
No 2T25, a receita somou R$ 8,3 bilhões (+38% a/a), enquanto o lucro líquido ajustado atingiu R$ 4,2 bilhões (+42% a/a). Além disso, o ROE ajustado alcançou 27%, o mais alto entre os grandes bancos da região.
O crescimento não é pontual. Desde 2011, o lucro líquido do BTG saltou de R$ 1,5 bilhão para R$ 14 bilhões LTM, um avanço de quase 9,5 vezes. Portanto, isso mostra que a instituição construiu um modelo resiliente, capaz de entregar resultados consistentes em diferentes ciclos econômicos.
O que esperar daqui para frente
Mesmo com a forte valorização, analistas projetam que o BTG ainda tem fôlego. O banco deve crescer em média 15% ao ano nos próximos anos, sustentado por um portfólio diversificado e presença forte em vários segmentos.
Ademais, entre os riscos, estão a volatilidade econômica, a concorrência de fintechs e bancos digitais, e possíveis mudanças regulatórias. Apesar disso, a diversificação em seis áreas de negócio torna o BTG menos vulnerável a choques isolados.
A expectativa é que, mantendo o ritmo atual, as ações BPAC11 ainda possam entregar valorização extra no médio prazo. Por fim, para quem busca exposição ao setor financeiro, o banco oferece escala, inovação e resiliência, algo que poucos concorrentes conseguem combinar.