
- BTG Pactual detalha como petroleiras brasileiras se blindam da queda do Brent.
- Petrobras (PETR4) prioriza hedge cambial; Prio (PRIO3) protege barris a US$ 65.
- Brava Energia (BRAV3) mantém 15% da produção de 2025 coberta com estratégia rotativa.
Com o Brent recuando após a trégua no Oriente Médio, as petroleiras brasileiras correm para se proteger da volatilidade. Um relatório do BTG Pactual mostrou como Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) e Brava Energia (BRAV3) estão adotando diferentes estratégias de hedge para reduzir riscos e manter estabilidade financeira.
Nesse sentido, apesar da pressão nas commodities, as empresas mostram que a diversificação das coberturas tem sido essencial para preservar margens e garantir previsibilidade de receitas.
Petrobras (PETR4) usa modelo integrado como proteção natural
A Petrobras não realiza hedge direto do preço do petróleo, explica o BTG.
A estatal se apoia em seu modelo integrado de produção e refino, que já funciona como um mecanismo natural de compensação.
Por isso, a empresa prioriza apenas o hedge cambial, cobrindo oscilações do dólar em relação às exportações.
Essa política reduz custos, mas mantém a estatal exposta a quedas bruscas do Brent, segundo o relatório.
Prio (PRIO3) protege 1,8 milhão de barris a US$ 65
Entre as petroleiras privadas, a Prio segue uma abordagem mais agressiva.
O BTG informou que a companhia mantém hedge de cerca de 1,8 milhão de barris, com contratos válidos para outubro e novembro, a um preço médio de US$ 65 por barril.
O banco espera novas atualizações na política de hedge da Prio em 2026, o que pode reforçar sua proteção diante de um cenário global ainda incerto.
Brava Energia (BRAV3) aposta em hedge rotativo e gradual
Já a Brava Energia adota uma cobertura rotativa, com 15% da produção de 2025 já protegida e operações para 2026 em andamento.
Ademais, essa tática permite à empresa controlar riscos sem abrir mão de oportunidades em momentos de recuperação dos preços.
Por fim, de acordo com o BTG, a Brava busca equilibrar flexibilidade e previsibilidade, um modelo visto como eficiente para companhias de médio porte.