
- Tenda registra R$ 1,2 bilhão em vendas líquidas no segundo trimestre, crescimento de 10% na base anual.
- Operação principal (marca Tenda) lidera o resultado, mas Alea mostra evolução com R$ 145 milhões.
- BTG reforça recomendação de compra e vê papel como destaque no segmento de baixa renda.
A Tenda (TEND3) voltou a surpreender positivamente o mercado no segundo trimestre de 2025. De acordo com o BTG Pactual, a construtora registrou vendas líquidas de R$ 1,2 bilhão entre abril e junho, crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado veio em linha com as projeções e reforçou a confiança dos analistas na companhia.
O bom desempenho foi puxado, mais uma vez, pela operação tradicional da empresa, que atua sob a marca Tenda e respondeu por R$ 1,05 bilhão. Já a Alea, nova frente de negócio com tecnologia industrializada, colaborou com R$ 145 milhões. Embora ainda represente uma fatia menor, a Alea tem ganhado tração e pode se tornar peça-chave nos próximos anos.
Operação tradicional continua sustentando os números
A marca Tenda segue como o pilar central da companhia. Sendo assim, com atuação voltada ao público de baixa renda, a empresa tem se beneficiado da retomada do setor de habitação popular. O BTG elogiou a consistência da construtora na execução comercial, destacando a manutenção da disciplina de preços e um bom ritmo de lançamentos.
Ademais, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, a Tenda tem conseguido preservar margens e impulsionar vendas. Parte desse sucesso vem do foco geográfico em regiões com maior demanda e menor concorrência, o que garante velocidade de vendas acima da média do setor. Além disso, a empresa tem ajustado seu portfólio para melhorar a rentabilidade.
Desse modo, outro ponto importante citado pelo BTG é a adaptação eficiente às novas diretrizes do programa Minha Casa Minha Vida. A Tenda foi uma das primeiras a reposicionar seus projetos de acordo com as faixas atualizadas, mantendo-se competitiva e atrativa para o consumidor final.
Alea mostra potencial como nova fonte de crescimento
A subsidiária Alea também recebeu atenção positiva dos analistas. Atuando com casas pré-fabricadas em madeira engenheirada, a marca adota um modelo mais industrializado de construção, com menor tempo de obra e custo mais previsível. Segundo o BTG, a unidade tem avançado em vendas e pode se tornar uma alternativa de escala no futuro.
Além de ganhar eficiência com o tempo, a Alea se beneficia de uma boa aceitação por parte do público-alvo. O formato modular tem se mostrado especialmente atraente para municípios com baixa oferta habitacional, abrindo espaço para uma rápida expansão regional. Ainda que incipiente, a operação vem validando sua proposta.
O banco acredita que, com a consolidação da Alea, a Tenda poderá capturar ganhos de produtividade importantes, o que deve contribuir para margens mais robustas a médio prazo. Portanto, isso reforça a visão de que a empresa está se preparando não apenas para crescer, mas para crescer com eficiência.
BTG reforça recomendação de compra para TEND3
Diante dos resultados sólidos e da execução consistente, o BTG manteve sua recomendação de “compra” para as ações da Tenda. A instituição destaca a empresa como sua principal escolha no segmento de baixa renda, citando fundamentos robustos e potencial de valorização.
Além do bom momento operacional, o banco vê como catalisadores o avanço da Alea, a estabilidade nas margens e a expectativa de um ambiente de juros mais favorável no segundo semestre. Esses fatores, segundo os analistas, tornam o papel atrativo para investidores que buscam exposição ao setor habitacional.
Desse modo, com um modelo de negócios focado, presença nacional e inovação no radar, a Tenda se consolida como protagonista em um mercado que tende a seguir aquecido.