O setor bancário na B3 vive uma reconfiguração em 2025. Embora o Itaú Unibanco (ITUB4) mantenha a coroa com tranquilidade — e um valor de mercado de R$ 370,9 bilhões — é o BTG Pactual (BPAC11) quem rouba os holofotes, protagonizando uma impressionante escalada no ranking dos maiores bancos listados do Brasil.
Com uma valorização de R$ 76,1 bilhões no ano, o BTG saltou de R$ 133,6 bilhões para R$ 209,7 bilhões até o dia 23 de junho, ultrapassando o Bradesco (BBDC4) e assumindo a segunda colocação entre os gigantes do setor. O pico da instituição foi registrado em 16 de junho, com R$ 214,2 bilhões.
Bradesco reage, mas perde o posto
Tradicionalmente o segundo maior banco do país, o Bradesco até ensaiou uma recuperação, subindo de R$ 117,7 bilhões para R$ 162,2 bilhões em valor de mercado — avanço de R$ 44,5 bilhões no ano.
No entanto, o crescimento foi insuficiente para barrar o avanço do BTG, que se beneficiou do forte apetite dos investidores por papéis ligados a serviços financeiros especializados.
Banco do Brasil decepciona
Na contramão, o Banco do Brasil (BBAS3) amarga o pior desempenho entre os cinco maiores. Em vez de subir, o market cap do banco caiu R$ 17,6 bilhões em 2025, fechando 23 de junho com R$ 120,4 bilhões — uma queda expressiva em relação ao topo de R$ 169,9 bilhões registrado em maio.
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Santander estável
O Santander (SANB11) completa o top 5 com um desempenho estável. O banco mantém seu valor de mercado na casa dos R$ 108,4 bilhões, tendo atingido o pico do ano em 19 de maio, com R$ 114 bilhões.
Ranking
| Posição | Banco | Ticker(s) | Valor de Mercado | Variação em 2025 |
|---|---|---|---|---|
| 1º | Itaú Unibanco | ITUB4 / ITUB3 | R$ 370,9 bilhões | +R$ 88,9 bi |
| 2º | BTG Pactual | BPAC11 / BPAC3 | R$ 209,7 bilhões | +R$ 76,1 bi |
| 3º | Bradesco | BBDC4 / BBDC3 | R$ 162,2 bilhões | +R$ 44,5 bi |
| 4º | Banco do Brasil | BBAS3 | R$ 120,4 bilhões | -R$ 17,6 bi |
| 5º | Santander Brasil | SANB11 / SANB3 / 4 | R$ 108,4 bilhões | ~Estável |
BTG é estrela da Bolsa em 2025
No desempenho das ações, o BTG também lidera com folga. De janeiro a 23 de junho, BPAC3 acumulou alta de 63,12%, enquanto BPAC11 subiu 53,61%, eclipsando os 13,52% do Ibovespa no mesmo período.
O Bradesco vem logo atrás, com BBDC4 valorizando 50,4% e BBDC3, 40,61%. O Itaú mostra uma performance sólida e estável, com ITUB3 em alta de 40,97% e ITUB4 subindo 38,81%.
O Banco do Brasil, por outro lado, é o único entre os cinco a operar no vermelho: BBAS3 recua 9,03% no ano, reflexo da menor atratividade do papel diante das incertezas políticas e operacionais que pairam sobre a instituição.
Já o Santander marca presença no grupo com ganhos modestos: SANB3 sobe 26,65%, enquanto SANB4 avança 24,59%.
Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.
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