
- WEG (WEGE3) superou a ABB e assumiu liderança mundial em motores elétricos de baixa tensão
- BTG projeta lucro de R$ 6,54 bi em 2025 e recomenda compra com alta potencial de 45%
- Política tarifária dos EUA é risco, mas força global da companhia sustenta otimismo do mercado
A WEG (WEGE3) se tornou a maior produtora global de motores elétricos de baixa tensão, segundo relatório da Omdia, referência mundial no setor. A conquista coloca a empresa à frente da suíça ABB, que por anos liderou o mercado, reforçando a trajetória de internacionalização e eficiência produtiva da companhia brasileira.
O reconhecimento vem em um momento de valorização acelerada das ações, com o BTG Pactual recomendando compra e projetando uma alta de 45% nos próximos 12 meses. Para o banco, a liderança global é apenas o reflexo mais visível da expansão consistente que a WEG tem entregado nos últimos anos.
Campeã mundial em motores elétricos
De acordo com a Omdia, a WEG conquistou 16% de participação de mercado em 2025, superando a ABB, que ficou com 15,5%. Essa virada reflete a combinação de estratégia agressiva de internacionalização e custos mais competitivos em relação a concorrentes europeus.
Segundo os analistas do BTG, a verticalização da produção é um dos pilares que permitiram à empresa crescer globalmente. A estrutura integrada de fabricação reduz custos e dá agilidade na entrega, fator decisivo em um mercado altamente competitivo.
Esse resultado projeta a WEG não apenas como líder do setor, mas também como referência em eficiência industrial no cenário global, aumentando sua atratividade para investidores internacionais.
O que pode ameaçar a liderança
Apesar do avanço, a posição não está livre de riscos. A política tarifária do governo dos EUA, liderada por Donald Trump, pode criar barreiras para exportações da empresa, com impacto direto nas vendas internacionais.
Além disso, se confirmada, a imposição de tarifas poderia reduzir margens e limitar a produção, pressionando resultados. No entanto, os analistas avaliam que a força da WEG em mercados diversificados tende a mitigar parte desses riscos.
Portanto, mesmo com o cenário de incerteza, o BTG destaca que a companhia continua ampliando sua participação e consolidando contratos estratégicos, fator que fortalece sua resiliência no médio prazo.
Perspectivas para ações da WEG
No campo financeiro, o BTG calcula que o lucro acumulado da WEG em 2025 será de R$ 6,54 bilhões, alta de 8,27% frente a 2024. Esse avanço, combinado ao ganho de liderança global, sustenta a recomendação de compra para o papel.
Ademais, o preço-alvo estabelecido pelo banco é de R$ 54 por ação, o que representa valorização de 44,84% em relação ao fechamento de quarta-feira (10), quando o papel terminou em R$ 37,28.
Por fim, se confirmada, a tese reforça a WEG como uma das apostas mais consistentes da B3 em meio ao cenário de volatilidade internacional e risco tarifário.