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Carbono Oculto: Reag (REAG3) admite compra bilionária de papéis do Banco Master e mercado reage

Gestora confirma transação de R$ 1,2 bilhão com papéis do Master, mas alega operação “sem atipicidade”; caso ganha peso após veto do BC à compra do banco pelo BRB.

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  • Reag confirmou que fundos ligados ao grupo compraram CDBs do Master, alvo de polêmica e investigação
  • Operação Carbono Oculto mira possíveis conexões entre crime organizado e mercado financeiro
  • Veto do BC ao negócio BRB-Master aumenta pressão sobre o banco e seus credores

A Reag Investimentos (REAG3) confirmou, em comunicado ao mercado, que fundos ligados ao grupo adquiriram Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) do Banco Master no período investigado pela Polícia Federal na Operação Carbono Oculto. O movimento ocorre após reportagem revelar que mais de R$ 1,2 bilhão em papéis do banco circularam por fundos sob sua gestão.

A gestora, alvo central da operação que expôs a infiltração do crime organizado no mercado financeiro, tenta se defender. Ela afirma que fez a compra dentro das normas do Banco Central (BC) e que não houve “atipicidade” em relação ao histórico de negociações.

O que a Reag disse

Em nota, a empresa reconheceu que o fundo Hans 95 negociou CDBs do Banco Master e ressaltou que a operação foi realizada com instituição regulada pelo BC.

A gestora afirmou ainda que não administra carteiras diretamente, mas por meio de 13 sociedades autorizadas pela CVM.

A companhia destacou que seus 330 fundos, que somam mais de R$ 225 bilhões em patrimônio, atuam em nome exclusivo dos cotistas. Por isso, a Reag e suas gestoras não podem considerar as aplicações como investimentos próprios.

Conexão com a Carbono Oculto

A Polícia Federal mira a Reag por suposta ligação com esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvendo fintechs, postos de combustíveis e fundos bilionários.

Além disso, a polícia cumpriu 200 mandados em dez Estados, com foco na Avenida Faria Lima, onde empresas movimentam cerca de R$ 30 bilhões.

Portanto, segundo apuração da Broadcast/E-Investidor, as operações com CDBs do Master ocorreram no ano passado, período em que o banco de Daniel Vorcaro já sofria forte pressão de liquidez.

Contexto: Master pressionado

Na noite desta quarta (3), o Banco Central barrou a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), alegando riscos e fragilidades.

Ademais, a decisão agrava a situação da instituição e coloca ainda mais pressão sobre seus credores e parceiros.

Por fim, para o mercado, o episódio reforça a necessidade de separar ruído político e judicial do impacto real para investidores, mas aumenta o escrutínio sobre papéis ligados tanto ao Master quanto à própria Reag.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.