
- Moody’s elevou a Cemig para “AAA” com perspectiva estável.
- Companhia já tinha a mesma nota pela Fitch desde 2024.
- Investidores veem espaço para dividendos mais robustos e maior confiança de crédito.
A Cemig (CMIG4) conquistou um feito raro no mercado brasileiro: a Moody’s elevou o rating corporativo da companhia para “AAA” na escala nacional, com perspectiva estável. A decisão abrange também as subsidiárias Cemig Distribuição e Cemig Geração e Transmissão.
Com isso, a estatal mineira passa a ostentar a nota máxima em duas das maiores agências do mundo, Fitch já havia feito o mesmo movimento em outubro de 2024. Para investidores, a notícia reforça a percepção de que a empresa pode ampliar sua atratividade em crédito e até abrir espaço para dividendos mais robustos.
O que significa o “AAA”
O novo rating reflete a visão da Moody’s de que a Cemig deve manter uma gestão financeira prudente, com liquidez alongada e geração de caixa estável.
A agência destacou ainda a política conservadora de endividamento e o histórico de métricas de crédito saudáveis da companhia.
Assim, esse selo de confiança ajuda a Cemig a acessar financiamentos com custos mais baixos e fortalece sua posição em futuras captações.
Portanto, para analistas a nota máxima também pode reduzir riscos percebidos pelo mercado e dar mais previsibilidade às ações.
Impacto para investidores
No curto prazo, a mudança pode não gerar grandes saltos na Bolsa, já que CMIG4 acumula desempenho positivo recente.
Mas, no médio prazo, a confiança reforçada pelas duas agências pode facilitar novos investimentos e até sustentar expectativas de dividendos mais atrativos.
Além disso, o cenário atual de juros ainda elevados no Brasil torna empresas com perfil conservador, como a Cemig, especialmente interessantes para fundos que buscam proteção e fluxo de caixa estável.
Perspectivas para a companhia
Com o novo rating, a Cemig ganha um argumento adicional em sua estratégia de se posicionar como uma das elétricas mais sólidas do país.
Nesse sentido, a estatal já vinha sinalizando maior disciplina financeira e foco na eficiência operacional, fatores que pesaram na decisão da Moody’s.
Ademais, o mercado agora observa como a empresa vai equilibrar seu plano de investimentos com a expectativa dos acionistas por retorno.
Por fim, a classificação máxima aumenta a responsabilidade da gestão em entregar resultados consistentes sem abrir mão da distribuição de proventos.