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Choque na Bolsa: Ibovespa despenca, dólar dispara e juros explodem

Índice recua aos 138 mil pontos com pressão sobre Vale e Petrobras, dólar comercial sobe a R$ 5,68 e juros futuros disparam.

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Choque na Bolsa: Ibovespa despenca, dólar dispara e juros explodem
  • bovespa cai aos 138,9 mil pontos, pressionado por Vale e Petrobras, com dólar subindo a R$ 5,68 e juros futuros em alta
  • Setores de consumo, aéreas e siderurgia recuam, refletindo temores sobre inflação, câmbio e política monetária
  • Bancos tentam segurar o tombo, mas operam de forma mista em meio à aversão ao risco generalizada no mercado

A semana começou turbulenta no mercado financeiro brasileiro. O Ibovespa abriu esta segunda-feira (19) em queda e aprofundou o recuo ao longo da manhã, atingindo 138.900 pontos. Dessa forma, pressionado pelo desempenho negativo das gigantes Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).

O dólar comercial também avançou, sendo cotado a R$ 5,68, enquanto os juros futuros subiram em todas as pontas da curva. O clima é de aversão ao risco, com investidores reagindo ao cenário externo incerto e a dados mistos do mercado interno.

Às 10h28, o Ibovespa registrava baixa de 0,27%, com destaque para a pressão dos setores de mineração, petróleo, varejo e frigoríficos. Os grandes bancos tentavam sustentar parte do índice, com desempenho misto entre as ações do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11).

Gigantes em queda pressionam o índice

As ações da Vale, que têm forte peso na composição do Ibovespa, abriram o dia com recuo de 0,74%, negociadas a R$ 55,08. Contudo, refletindo a queda nos preços do minério de ferro no mercado internacional e dúvidas sobre a economia chinesa.

Já os papéis da Petrobras também operavam em campo negativo, com PETR3 em baixa de 0,67% e PETR4 caindo 0,62%. Dessa forma, afetadas pela oscilação nos preços do petróleo e pela cautela dos investidores quanto à política de preços da estatal.

O cenário externo também contribui para o mau humor. O rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Moody’s ainda reverbera nos mercados, elevando a percepção de risco e contribuindo para o fortalecimento do dólar frente a moedas emergentes como o real.

Consumo e indústria recuam, bancos se dividem

Os papéis ligados ao varejo e consumo doméstico também abriram em queda, sinalizando preocupação com a inflação e os juros altos. Ações de redes supermercadistas como Assaí (ASAI3) e Pão de Açúcar (PCAR3) recuavam 1,21% e 0,90%, respectivamente. Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caía 0,41%, enquanto C&A (CEAB3) subia 1,08%.

No setor aéreo, o movimento também era negativo, com AZUL4 em queda de 0,90% e GOLL4 recuando 1,03%, refletindo a alta do dólar e do querosene de aviação.

Entre os grandes bancos, o desempenho era misto: Bradesco (BBDC4) subia 0,06%, Santander (SANB11) avançava 0,17%, mas Banco do Brasil (BBAS3) caía 0,90% e Itaú Unibanco (ITUB4) recuava 0,34%. Ações da B3 (B3SA3), responsável pelo funcionamento da Bolsa, também operavam em queda, com perda de 0,34%.

Juros sobem com pressão inflacionária

A curva de juros futuros registrava alta generalizada nesta manhã. O aumento do dólar pressiona a inflação e eleva as expectativas de manutenção da taxa Selic por mais tempo em níveis elevados, contrariando apostas anteriores de cortes mais rápidos.

Papéis de empresas mais sensíveis aos juros, como construtoras, varejistas e companhias aéreas, sentem o impacto direto no pregão, agravando ainda mais o tom pessimista da sessão.

No setor de saúde, um dos poucos destaques positivos foi a ação da Hapvida (HAPV3), que subia 2,13%, cotada a R$ 2,88, impulsionada por expectativas de melhora nos resultados operacionais após reestruturações internas.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.