
- Uma empresa comprará a EA por US$ 55 bilhões, em um movimento que marcará a maior aquisição alavancada da história.
- Jared Kushner e PIF saudita lideram o consórcio com a participação da Silver Lake.
- Ações da EA subiram 5,5%, e fechamento de capital deve ocorrer até 2027.
A Electronic Arts (EA), responsável por sucessos como FC 2025, The Sims e Battlefield, será adquirida em um negócio sem precedentes. O consórcio liderado por Silver Lake e Jared Kushner, genro e conselheiro do presidente Donald Trump, anunciou a compra por US$ 55 bilhões.
Esse movimento, que conta com apoio do fundo soberano da Arábia Saudita (PIF), deve se tornar a maior aquisição alavancada da história, superando em valor nominal a compra da empresa de energia TXU em 2007.
Um marco financeiro sem precedentes
O acordo avalia cada ação da EA em US$ 210, garantindo um prêmio de 25% sobre o fechamento anterior. Assim, no pré-mercado da Nasdaq, as ações subiram 5,5% imediatamente após o anúncio.
Como consequência, investidores reforçaram a expectativa de que a operação seja concluída no primeiro trimestre de 2027, por meio de recursos da Silver Lake, Affinity Partners e PIF.
Embora a transação marque uma virada no setor, ela chega em um momento estratégico. Afinal, a EA se prepara para lançar o “Battlefield 6”, além de explorar suas franquias mais rentáveis, como The Sims e FC 2025.
A força saudita no mercado de games
O PIF saudita, que já possuía participação relevante na EA, amplia sua estratégia de diversificação global.
Portanto, mira setores que combinam tecnologia e entretenimento, fortalecendo a presença da Arábia Saudita em um dos mercados mais lucrativos do mundo.
Ao mesmo tempo, a operação destaca o papel político e empresarial de Jared Kushner, hoje à frente da Affinity Partners.
Assim, o acordo reforça os vínculos financeiros entre EUA e Arábia Saudita, que vêm ganhando intensidade sob o governo Trump.
O retorno das megacompras alavancadas
Esse tipo de LBO (leveraged buyout) praticamente desapareceu após a crise financeira de 2008, quando aquisições bilionárias via dívida se tornaram arriscadas e pouco viáveis.
Contudo, a retomada com a EA mostra que, diante de condições específicas, esse modelo ainda pode prosperar.
Portanto, o negócio da EA simboliza não apenas a volta de grandes operações alavancadas, mas também a interseção entre política, finanças globais e indústria do entretenimento digital.
Em consequência, Wall Street observa com atenção o impacto dessa transação sobre futuras operações.