
- Ação da Cogna valoriza 168% no ano e segue tendência de alta
- Configuração gráfica aponta novo ciclo de valorização com alvo em até R$ 4,00
- Melhora operacional e confiança do mercado explicam recuperação surpreendente
As ações da Cogna Educação (COGN3) se firmaram como um dos principais fenômenos de valorização da Bolsa brasileira em 2025. Após anos de instabilidade e desconfiança do mercado, a companhia vive um novo ciclo de otimismo e ganhos expressivos. Dessa forma, com seus papéis saltando de R$ 0,95 para R$ 2,85, o que representa uma alta acumulada de 168,55% no ano e 10,47% somente em maio.
O movimento não parece pontual: analistas destacam que o fluxo comprador se intensificou desde o início do ano. E, ainda, os gráficos técnicos confirmam uma trajetória sólida de recuperação. Mesmo com uma leve correção de 1,73% na última sessão, a tendência permanece nitidamente altista, com o ativo formando topos e fundos ascendentes, sinal clássico de continuidade da alta.
Caso a ação feche maio em terreno positivo, esse será o quinto mês consecutivo de valorização, consolidando a nova fase da empresa no radar dos investidores. O sentimento de retomada de confiança se espalha tanto entre traders de curto prazo quanto entre gestores que buscam assimetrias nos papéis da educação privada no Brasil.
Indicadores reforçam força compradora
Do ponto de vista técnico, o papel apresenta um Índice de Força Relativa (IFR14) em 56,65 pontos. Dessa forma, o que sinaliza equilíbrio, sem excesso de compra ou sobrevendido. Isso abre espaço para novas altas, caso o ativo consiga romper a resistência entre R$ 2,95 e R$ 3,19 (considerada uma região-chave para continuidade da valorização).
Se essa barreira for superada, os próximos alvos estão mapeados em R$ 3,47, R$ 3,67, R$ 3,92 e até R$ 4,00, segundo projeções gráficas. Já em caso de correções mais amplas, os suportes estão localizados em R$ 2,66 e R$ 2,30. E, ainda, com regiões críticas de defesa em R$ 2,00, R$ 1,88, R$ 1,60, R$ 1,45 e R$ 1,30.
O que explica a recuperação?
O desempenho recente da Cogna é atribuído a uma combinação de fatores: melhora dos fundamentos operacionais, maior controle de custos, redução de endividamento. Além de expectativas mais favoráveis para o setor de educação após os ajustes da pandemia. Além disso, o mercado passou a revisar suas projeções com base em crescimento de matrículas no ensino superior privado e potencial de monetização de plataformas digitais da companhia.
Outro aspecto crucial é a mudança de percepção do investidor institucional, que voltou a alocar recursos em empresas que negociam com múltiplos descontados, como é o caso da Cogna. O impulso técnico vem sendo reforçado por volumes acima da média nas sessões de alta, o que sugere convicção dos compradores.
Caminho para os R$ 4 está aberto?
O cenário é promissor, mas exige atenção. Para que a ação avance até os R$ 4,00, será necessário não apenas romper as resistências técnicas, mas manter o bom desempenho nos próximos balanços e consolidar a nova fase operacional.
A recuperação pode encontrar desafios macroeconômicos no caminho, como elevação de juros, desaceleração da economia ou tensões externas. Contudo, elementos que tendem a afetar negativamente ações de empresas cíclicas.
Ainda assim, a leitura geral do mercado é de que a Cogna pode ter deixado para trás seu pior momento na Bolsa. De vilã a protagonista do Ibovespa, a ação demonstra que, no mercado financeiro, reviravoltas são sempre possíveis. E, além disso, altamente lucrativas para quem acerta o timing.