Onde investir

Corretoras revelam quais ações podem surpreender na bolsa em setembro

Levantamento mostra que Itaú segue como papel favorito, mas destaques incluem saúde, varejo e construção.

Apoio

Crédito: Depositphotos
Crédito: Depositphotos
  • O Itaú segue como a ação mais recomendada pelas corretoras para setembro.
  • Vale, Cyrela, Petrobras e Prio dividem espaço com destaques de setores de crescimento.
  • Smart Fit, Rede D’Or, Direcional e Weg reforçam a diversificação das apostas do mercado.

Setembro começou com expectativas de corte de juros nos Estados Unidos e um cenário desafiador para o mercado brasileiro. Depois de agosto positivo, marcado pelo recorde do Ibovespa e pela implementação das tarifas americanas, os investidores buscam alternativas para manter ganhos e proteger portfólios.

Nesse ambiente, corretoras apontaram uma lista diversificada de ações para o mês. O ranking inclui setores defensivos como bancos e petróleo, mas também papéis sensíveis à queda de juros, como varejo, saúde e construção civil. As instituições BTG Pactual, XP, Santander, Ágora e Genial elaboraram a análise a partir de suas carteiras recomendadas.

Itaú mantém liderança entre recomendações

O Itaú (ITUB4) apareceu em cinco carteiras, permanecendo como o ativo mais recomendado para setembro. O banco reportou lucro líquido recorrente de R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre, alta de 14,3% em relação a 2024. A XP aumentou a participação do papel em sua carteira Top Ações para 12,25%, reforçando a confiança na solidez dos resultados.

Entre as vantagens apontadas, estão a consistência dos números, a resiliência em meio às incertezas e a capacidade de entregar retorno consistente aos acionistas. Ademais, para as corretoras, o papel funciona como âncora defensiva, atraindo investidores mesmo em cenários turbulentos.

Portanto, o desempenho de 12,34% em agosto e quase 30% em 12 meses reforça essa percepção de força. O Itaú segue como referência de estabilidade dentro do setor financeiro.

Vale e Cyrela ganham espaço no portfólio

A Vale (VALE3) recebeu quatro recomendações, sustentada por um valuation considerado atrativo. Apesar do impacto da desaceleração chinesa, a empresa mantém resultados alinhados às expectativas. Corretoras como a Terra enxergam espaço para recuperação de preço e valorização no médio prazo.

Nesse sentido, Cyrela (CYRE3) também foi indicada quatro vezes, destacada pelo fechamento da curva de juros e pelo potencial de retomada da construção civil. Analistas acreditam que o setor será beneficiado pelo ciclo de afrouxamento monetário, o que amplia o interesse no papel.

Desse modo, com retorno de 14,12% em agosto e 32,14% em 12 meses, a construtora aparece como aposta de crescimento no setor imobiliário.

Petroleiras dividem opiniões

A Petrobras (PETR4) foi lembrada em três carteiras, mesmo diante da volatilidade esperada para o petróleo no segundo semestre. A Ágora destacou a expectativa de aumento de produção e valuation atrativo como justificativas para manter a recomendação.

Já a Prio (PRIO3) recebeu três indicações, apoiada na aquisição do Campo de Peregrino, que adiciona 60 mil barris diários à sua produção. Além disso, apesar da queda de 9,77% em agosto, investidores veem a empresa como oportunidade de valorização devido à consistência dos resultados e aos múltiplos atrativos.

Portanto, as duas companhias refletem visões diferentes sobre o setor: Petrobras pela força da produção em larga escala e Prio pela geração de valor em ativos específicos.

Novos destaques: saúde, varejo e indústria

Entre os nomes fora do radar tradicional, Smart Fit (SMFT3) ganhou três recomendações. O BTG Pactual enxerga a rede de academias como tese única de crescimento na América Latina, com margens em expansão e potencial de consolidação em um mercado ainda fragmentado.

Ademais, a Direcional (DIRR3) também apareceu em três carteiras. A queda de juros deve impulsionar o setor de construção, e a corretora Ágora projeta dividend yield de dois dígitos para o papel, reforçando a atratividade.

Por fim, a Rede D’Or (RDOR3) recebeu destaque pelo forte posicionamento no setor de saúde e resultados positivos após a integração da SulAmérica. Já a Weg (WEGE3), recomendada três vezes, atraiu atenção pelo perfil defensivo, pela exposição a receitas em moeda forte e pelas perspectivas ligadas à demanda por energia e inteligência artificial.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.