Armadilha?

Cosan (CSAN3): BTG Pactual vê momento desafiador como oportunidade para compra

Banco acredita que a administração da empresa possui a experiência necessária para implementar medidas que revertam a situação atual

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Cosan

O BTG Pactual afirmou que a Cosan (CSAN3) está “correndo contra o relógio” para evitar que a dívida crescente corroa ainda mais o valor do patrimônio líquido. Apesar disso, o banco recomenda ‘compra’ nas ações da holding, por identificar um desconto de 39% nos papéis em relação ao valor intrínseco.

Para o BTG, esse momento representa uma oportunidade para investidores que confiam na capacidade da gestão em reverter a situação financeira da empresa.

E, nesse sentido, o banco acredita que a administração da empresa possui a experiência necessária para implementar medidas que revertam a situação atual.

Entre as possíveis ações estão a venda de ativos, participações em outras companhias e a melhoria do desempenho operacional das subsidiárias mais problemáticas.

Por isso, o preço-alvo projetado pelo BTG é de R$ 23,00 por ação CSAN3.

Situação financeira da Cosan

A Cosan possui uma dívida anual estimada entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões, enquanto o fluxo de dividendos das subsidiárias gira em torno de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões.

Além disso, as despesas gerais e administrativas da holding consomem aproximadamente R$ 400 milhões a R$ 500 milhões por ano.

Essa combinação de fatores indica que, sem ações efetivas para equilibrar receitas e despesas, a dívida continuará a se acumular, pressionando ainda mais o valor do equity da empresa.

Primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2025, a Cosan registrou um prejuízo líquido de R$ 1,788 bilhão, ampliando significativamente a perda de R$ 192 milhões no mesmo período do ano anterior.

Apesar do resultado negativo, os dividendos e juros sobre capital próprio recebidos pela holding cresceram 66,7%, alcançando R$ 1,5 bilhão no trimestre.

A dívida líquida apresentou melhora relevante, encerrando o período em R$ 17,5 bilhões – uma queda de 25,5% em relação ao quarto trimestre de 2024, impulsionada pela venda de ações da Vale e ações de gestão de passivos.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.