Decreto do MEC detona ações da educação e Gol dá show com alta de 12%

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Decreto do MEC detona ações da educação e Gol dá show com alta de 12%
  • Cogna e Yduqs registram fortes quedas após decreto do MEC endurecer regras para EAD
  • Justiça dos EUA aprova plano de recuperação judicial da aérea, e ação sobe mais de 12%
  • Expectativa de fusão impulsiona Petz, enquanto bancos têm desempenho misto e Petrobras avança com aval para nova exploração

O pregão desta segunda-feira foi marcado por contrastes drásticos na B3, com quedas severas em empresas de educação e uma arrancada impressionante da companhia aérea Gol.

Em meio à instabilidade no cenário político e econômico, a Bolsa brasileira teve um dia sem direção definida. Ainda, com investidores reagindo a medidas do governo e movimentações corporativas de grande impacto.

As ações do setor educacional, portanto, sofreram um verdadeiro colapso. O motivo foi a publicação de um decreto do Ministério da Educação (MEC) que altera profundamente as regras do ensino à distância (EAD).

Com uma transição de dois anos, as novas diretrizes impõem exigências que tendem a aumentar os custos operacionais das instituições. O mercado, no entanto, respondeu com forte aversão: a Cogna (COGN3) desabou 7,79%, enquanto a Yduqs (YDUQ3) caiu 5,07%.

O mercado financeiro

Segundo analistas do mercado financeiro, apesar de as mudanças já estarem no radar, a confirmação do decreto trouxe à tona o peso estrutural que essas empresas terão de enfrentar nos próximos trimestres.

“Esse tipo de alteração exige revisão profunda de modelos de negócio, investimento em estrutura física e corpo docente, e isso pressiona margens já apertadas”, afirmou um gestor de fundos ouvido pelo mercado.

Na contramão desse tombo, a Gol (GOLL4) brilhou intensamente fora do Ibovespa. Suas ações dispararam 12,09% após a Justiça dos Estados Unidos aprovar o plano de reestruturação da companhia aérea no âmbito do processo de recuperação judicial (Chapter 11).

Com o sinal verde da corte americana, a empresa se aproxima de uma saída definitiva do processo, o que reacendeu o otimismo dos investidores. A rival Azul (AZUL4), no entanto, não acompanhou o rali e recuou 0,92%.

Outros destaques positivos vieram da Petz (PETZ3), que subiu 1,39% diante da expectativa de aprovação, ainda esta semana, da fusão com a Cobasi pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A operação, caso confirmada, criará uma gigante do setor pet no Brasil, capaz de enfrentar de igual para igual os players internacionais.

Entre os bancos, o movimento foi misto, reforçando a falta de tração do Ibovespa. Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) subiram 1,84% e 0,97%, respectivamente. Já Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11) fecharam no vermelho, com quedas leves de 0,13% e 0,10%.

Papéis de peso como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) oscilaram durante toda a sessão. A mineradora virou no fim do dia e fechou com leve alta de 0,02%, mesmo com o minério de ferro em elevação nos mercados internacionais.

Já a petroleira subiu 0,41%, beneficiada pela liberação do Ibama para explorar a bacia da Foz do Amazonas, apesar da queda no preço do petróleo no exterior.

A ação mais negociada do dia foi a HAPV3, mesmo sem variação expressiva de preço, o que indica movimento técnico intenso e possivelmente rotações em grandes carteiras institucionais.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.

Estudante de Jornalismo, movida pelo interesse em produzir conteúdos relevantes e dar voz a diferentes perspectivas. Possuo experiência nas áreas educacional e administrativa, o que contribuiu para desenvolver uma comunicação clara, empática e eficiente.