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Dividendos batem recorde na B3 e surpreendem com nova líder por ação

Empresas da bolsa brasileira pagaram R$ 176 bilhões no 1º semestre, com destaque para Sabesp, Itaú, Ambev e JBS; veja quem mais distribuiu lucro aos investidores.

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B3 GDI 1
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  • Empresas da B3 pagaram R$ 176 bilhões em proventos no 1º semestre de 2025, novo recorde histórico.
  • Sabesp liderou o valor por ação com R$ 3,73, superando gigantes como Vale e Petrobras.
  • Setor de consumo surpreendeu com retornos generosos após ausência em 2024.

O primeiro semestre de 2025 trouxe um novo marco para quem investe na bolsa brasileira. Assim, as companhias listadas na B3 distribuíram R$ 176 bilhões em proventos, valor que representa um recorde histórico no país.

Nesse sentido, segundo levantamento da plataforma Meu Dividendo, esse total inclui R$ 113,4 bilhões em dividendos, R$ 62 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP) e R$ 514 milhões em outras formas de remuneração, como bonificações.

Empresas de consumo surpreendem e bancos mantêm força

A surpresa positiva veio do setor de consumo, que puxou a alta na comparação com o ano passado. Logo, empresas como JBS (JBSS3) e Ambev (ABEV3), que haviam zerado os pagamentos no 1º semestre de 2024, voltaram ao radar dos dividendos com mais de R$ 8 bilhões cada.

Ao mesmo tempo, os bancos seguiram consistentes. Sendo assim, o Itaú (ITUB4) distribuiu R$ 27,9 bilhões, enquanto a holding Itaúsa (ITSA4) pagou R$ 9,1 bilhões e subiu posições no ranking. Ademais, o Banco do Brasil (BBAS3) e o Bradesco (BBDC4) também mantiveram a tradição de retorno ao acionista.

Outro destaque foi a BB Seguridade (BBSE3), que aumentou sua distribuição em 83% no semestre. Assim, o valor saltou de R$ 2,5 bilhões para R$ 4,6 bilhões, o maior crescimento percentual entre as grandes pagadoras.

Por outro lado, a Petrobras (PETR4) reduziu seus pagamentos. Logo, a estatal passou de R$ 55,6 bilhões em 2024 para R$ 35,8 bilhões neste ano, uma queda de 36%. Já a Vale (VALE3) cortou 3%, mantendo os dividendos perto dos R$ 12 bilhões.

Top 10 tem mudanças e nova campeã por ação

Mesmo com a retração, a Petrobras continuou no topo do ranking em valor total, respondendo por 20% de todo o montante pago na bolsa. Logo atrás, ficaram Itaú e Vale, repetindo o pódio do ano anterior. Ambev e JBS, antes ausentes, agora ocupam posições de destaque.

Confira o top 10 pagadoras de dividendos da B3 no 1º semestre de 2025:

  1. Petrobras (PETR4) – R$ 35,8 bi
  2. Itaú (ITUB4) – R$ 27,9 bi
  3. Vale (VALE3) – R$ 12,0 bi
  4. Itaúsa (ITSA4) – R$ 9,1 bi
  5. JBS (JBSS3) – R$ 8,8 bi
  6. Ambev (ABEV3) – R$ 8,6 bi
  7. Banco do Brasil (BBAS3) – R$ 5,9 bi
  8. Bradesco (BBDC4) – R$ 4,8 bi
  9. BB Seguridade (BBSE3) – R$ 4,6 bi
  10. Santander Brasil (SANB11) – R$ 3,0 bi

No entanto, quando se considera o valor por ação, a campeã foi a Sabesp (SBSP3). A companhia pagou impressionantes R$ 3,73 por papel, superando inclusive a Petrobras, que ficou com R$ 2,08.

Outras empresas com valores por ação acima de R$ 2 incluem:

  • Itaú (ITUB4) – R$ 2,85
  • Vale (VALE3) – R$ 2,66
  • Isa Energia (ISAE4) – R$ 2,36
  • BB Seguridade (BBSE3) – R$ 2,31
  • Telefônica (VIVT3) – R$ 2,07
  • Suzano (SUZB3) – R$ 2,02

Expectativa otimista para o segundo semestre

Para o restante de 2025, analistas esperam que o ritmo forte continue. As perspectivas são favoráveis, especialmente com o setor de energia e mineração podendo retomar níveis mais altos de distribuição.

A possível recuperação nos dividendos da Petrobras e uma performance ainda melhor dos bancos podem consolidar um novo recorde anual. Além disso, há expectativa sobre empresas do varejo, que podem entrar no radar após reestruturações e cortes de custos.

Por fim, com o cenário de juros altos e inflação sob controle, o apetite por boas pagadoras de dividendos deve permanecer firme entre os investidores.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.