Cenário internacional

Dólar cai nesta quinta com olhares voltados para tensões globais

Moeda norte-americana recua ante o real após alta da véspera, enquanto investidores monitoram cenário internacional e leilão do Banco Central.

Imagem/Reprodução
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  • Dólar cai 0,40% e abre cotado a R$ 5,704 na venda
  • Banco Central realiza leilão de swaps para conter volatilidade
  • Tensões comerciais e guerra na Ucrânia seguem no radar do mercado

O dólar à vista iniciou esta quinta-feira (20) em queda frente ao real, refletindo a cautela dos investidores diante das incertezas comerciais e geopolíticas no exterior.

As novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as negociações para o fim da guerra na Ucrânia seguem no radar do mercado.

Cotação do Dólar

Às 9h11, o dólar à vista recuava 0,40%, sendo cotado a R$ 5,703 na compra e R$ 5,704 na venda. O dólar futuro negociado na B3, com vencimento mais próximo (DOLc1), também operava em baixa de 0,30%, a 5.712 pontos.

A queda ocorre após o avanço de 0,65% registrado na quarta-feira, quando o dólar fechou em R$ 5,7258.

O dólar turismo, utilizado em transações de viagens internacionais, apresentava valores um pouco mais elevados.

A moeda era vendida a R$ 5,923 e comprada a R$ 5,743. Dessa forma, refletindo os custos adicionais das operações cambiais para o consumidor final.

Intervenção do Banco Central

O Banco Central anunciou um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional nesta sessão, com o objetivo de rolar os vencimentos de 1º de abril de 2025.

Esses leilões ajudam a conter oscilações abruptas no câmbio, oferecendo proteção ao mercado e influenciando a liquidez da moeda norte-americana no país.

O mercado acompanha de perto essas intervenções, que podem amenizar o impacto das tensões externas sobre o câmbio brasileiro. A expectativa em torno da atuação do Banco Central, aliada às incertezas internacionais, contribui para a volatilidade da moeda nos últimos dias.

Influências externas no câmbio

O cenário internacional continua a exercer forte influência sobre o dólar. As ameaças de novas tarifas comerciais por parte do governo de Donald Trump geram apreensão nos mercados globais. Enquanto, as negociações pelo fim da guerra na Ucrânia seguem sem avanços concretos.

Essas incertezas elevam a busca por ativos considerados mais seguros, como o dólar, afetando o câmbio em diversos países, inclusive no Brasil.

Apesar disso, o real conseguiu se valorizar no início do dia, impulsionado pela expectativa de que o Banco Central atue para conter a volatilidade cambial.

A perspectiva de estabilidade nos juros dos Estados Unidos também contribui para aliviar a pressão sobre as moedas emergentes. Assim, favorecendo o desempenho do real.

Perspectivas para o mercado cambial

Analistas destacam que o comportamento do dólar nos próximos dias dependerá do desenrolar das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além das negociações envolvendo o conflito na Ucrânia.

Qualquer sinal de escalada nas tarifas ou agravamento da guerra pode fortalecer o dólar, enquanto avanços diplomáticos tendem a favorecer moedas emergentes, como o real.

No Brasil, a expectativa em relação à política monetária do Banco Central também influencia o câmbio. Caso a autoridade monetária mantenha uma postura firme no controle da inflação, o real poderá ganhar mais força no médio prazo. Assim, reduzindo a volatilidade cambial.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ