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Dólar cai para R$ 6 por fatores internos e externos

Dólar e Bolsa reagem a dados nos EUA e pacotes fiscais no Brasil

Imagem/Reprodução
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O dólar registrou queda nesta quinta-feira (5), em sintonia com os mercados globais, após a divulgação de dados dos Estados Unidos e em meio à expectativa sobre o pacote fiscal do governo brasileiro. Às 14h44, a moeda norte-americana recuava 0,84%, cotada a R$5,990 na venda. No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,27%, alcançando 127.687,95 pontos, refletindo o otimismo dos investidores diante do cenário doméstico e externo.

Cenário externo e dados de emprego nos EUA

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou dados que indicam um aumento nos pedidos iniciais de auxílio-desemprego. Na semana encerrada em 30 de novembro, os pedidos subiram em 9.000, totalizando 224.000, superando a expectativa de 215.000, conforme levantamento realizado pela Reuters. Este aumento é interpretado como um reflexo da recuperação das vagas no mercado de trabalho, impactado anteriormente por furacões e greves.

O movimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos está sendo monitorado atentamente, uma vez que as taxas de juros mais altas do Federal Reserve (Fed) nas últimas duas gestões trouxeram desafios para as empresas, que estão contratando de forma mais cautelosa. O Fed deverá realizar a terceira redução de juros neste mês, com a taxa básica caindo para a faixa de 4,50% a 4,75%, após um ciclo agressivo de elevação de 525 pontos-base entre 2022 e 2023.

Expectativa fiscal no Brasil

No Brasil, o mercado reagiu positivamente à aprovação do regime de urgência pela Câmara dos Deputados para duas propostas do pacote fiscal do governo. O regime acelera a tramitação das propostas, que têm como objetivo gerar uma economia de R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos. Contudo, o pacote, que também inclui um projeto de reforma do Imposto de Renda, gerou dúvidas entre investidores sobre o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal. “Com a aprovação da Câmara, espera-se que as propostas tramitem ainda este ano e os receios sejam amenizados”, afirmou o analista Riauba.

Taxas de juros e expectativas para o Copom

As taxas de juros no Brasil, refletidas pelos contratos futuros de DI, apresentaram leve alta, sinalizando uma percepção de risco inflacionário. Os operadores de mercado apostam em uma probabilidade de 66% para uma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a próxima semana, o que reforça as expectativas de um aperto monetário ainda mais intenso.

No Brasil, as incertezas fiscais e a pressão inflacionária permanecem como fatores-chave para os movimentos do mercado financeiro.

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