Dólar imparável

Dólar cresce ainda mais com declarações de Haddad

O dólar iniciou a quarta-feira (4) em leve alta frente ao real, operando em R$ 6,055 na compra e R$ 6,056 na venda, uma variação de 0,07%.

Imagem/Reprodução
Imagem/Reprodução
  • O dólar iniciou a quarta-feira (4) com leve alta de 0,07%, cotado a R$ 6,055 na compra e R$ 6,056 na venda
  • Investidores aguardam novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que podem influenciar a política monetária do Federal Reserve
  • O Banco Central realizou leilão de até 15.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025
  • O dólar turismo foi cotado a R$ 6,116 na compra e R$ 6,296 na venda, refletindo taxas e impostos adicionais

O dólar iniciou a quarta-feira (4) em leve alta frente ao real, operando em R$ 6,055 na compra e R$ 6,056 na venda, uma variação de 0,07% em relação ao fechamento da véspera. A moeda americana segue em tendência de valorização frente ao real, apesar de apresentar ganhos moderados ante a maioria das outras moedas no mercado internacional.

A expectativa dos investidores gira em torno de novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, além de declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participa de um evento em Brasília nesta manhã.

No mercado futuro, o contrato de dólar para primeiro vencimento também registrava leve alta, subindo 0,26%, sendo negociado a 6.076 pontos. No fechamento da sessão anterior, o dólar à vista havia apresentado uma leve queda de 0,05%, com o valor de R$ 6,0624.

Reflexos

A movimentação reflete a cautela dos investidores, que aguardam novos indicadores econômicos importantes, como o relatório de empregos dos Estados Unidos, previsto para ser divulgado em breve.

Além disso, o Banco Central (BC) realizou um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolar o vencimento de 2 de janeiro de 2025. A medida visa garantir a manutenção da liquidez no mercado de câmbio e evitar flutuações bruscas na taxa de câmbio, proporcionando maior estabilidade para a economia brasileira.

Os swaps cambiais são uma das ferramentas usadas pelo BC para interferir no mercado de câmbio sem a necessidade de comprar ou vender dólares diretamente.

Dinâmica do mercado

Os investidores continuam acompanhando de perto a dinâmica do mercado de trabalho nos EUA. Em particular os dados de emprego que podem influenciar as decisões do Federal Reserve sobre a política monetária.

Nos últimos meses, o mercado tem reagido de forma sensível aos dados econômicos dos Estados Unidos. Dessa forma, já que a perspectiva de aumento das taxas de juros pode impactar diretamente a cotação do dólar.

Enquanto isso, no cenário doméstico, a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília nesta manhã também atraiu a atenção do mercado. Os investidores acompanham com cautela a fala do ministro, focando principalmente nas perspectivas fiscais do governo. Além das medidas de ajuste econômico discutidas nos últimos meses.

O mercado financeiro segue atento à evolução da política fiscal do país, especialmente após o anúncio recente de medidas do governo federal para conter os gastos públicos e melhorar o equilíbrio das contas do país.

O dólar turismo, por sua vez, operava com valores mais altos, sendo cotado a R$ 6,116 na compra e R$ 6,296 na venda.

A diferença entre a cotação do dólar comercial e do turismo reflete o acréscimo de impostos e taxas aplicadas a transações destinadas ao público geral. Contudo, que desejam adquirir a moeda para viagens internacionais ou outros fins não relacionados a transações comerciais.

Cenário internacional

Embora o dólar tenha registrado alta moderada nesta quarta-feira, o cenário internacional e local permanece incerto. Os investidores devem acompanhar de perto os próximos acontecimentos. Ainda, como a divulgação dos dados do mercado de trabalho dos EUA, que podem influenciar o comportamento da moeda americana.

Além disso, o desempenho do real também dependerá das expectativas econômicas internas e dos próximos passos do governo federal em relação à política fiscal e monetária.