Dólar hoje

Dólar fecha em alta com valorização externa, mas é contido por intervenção do BC

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira, impulsionado pela valorização externa, mas foi contido por intervenção do Banco Central

Imagem/Reprodução
Imagem/Reprodução

Nesta sexta-feira (13), o dólar à vista (USDBRL) fechou em alta, alcançando R$ 6,0313, uma valorização de 0,40% frente ao real. O desempenho do câmbio foi impulsionado pela forte valorização do dólar no exterior, em meio ao aumento das taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. No entanto, o avanço da moeda norte-americana foi moderado por ações do Banco Central (BC), que interveio no mercado.

Na semana, o dólar acumulou queda de 0,65%, refletindo uma oscilação moderada no cenário doméstico. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas globais, registrou uma leve alta de 0,04%, atingindo 106,993 pontos.

O movimento de alta do dólar está atrelado, principalmente, às decisões do Federal Reserve (Fed), que indicam um possível corte nas taxas de juros. Para os investidores, a atenção recai sobre a reunião do Fed, prevista para a próxima semana. As expectativas são de uma redução de 0,25 ponto percentual, levando a taxa de juros dos Estados Unidos para a faixa de 4,25% a 4,75% ao ano, depois que dados de inflação e do mercado de trabalho mostraram sinais de desaceleração.

Em solo brasileiro, a expectativa sobre o pacote fiscal segue gerando incertezas no mercado. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de outubro surpreendeu positivamente, registrando alta de 0,1% na comparação com setembro, quando a previsão era de queda de 0,2%. Esse resultado trouxe um alívio momentâneo às tensões do mercado, mas as preocupações com a saúde das contas públicas continuam a afetar a confiança dos investidores.

A atuação do Banco Central também foi crucial para controlar a volatilidade do dólar. O BC injetou US$ 845 milhões em um leilão de dólares no segmento à vista, com uma taxa de corte de 6,0200. A medida visou conter a escalada da moeda norte-americana, que foi influenciada pelos acontecimentos externos e pela trajetória da economia interna.

Em segundo plano, o mercado monitorou a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e segue internado na alta semi-intensiva do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

A expectativa agora é de que a próxima reunião do Fed e as ações do Banco Central continuem a ser determinantes para os rumos do dólar nos próximos dias.

Sair da versão mobile