Câmbio

Dólar hoje abre em alta com novas 'vítimas' de Trump e dados no Brasil

Negociações comerciais e tensões políticas nos EUA ditam o humor do câmbio nesta segunda-feira

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O dólar abriu o pregão desta segunda-feira (14) em alta de 0,46%, sob forte expectativa diante das últimas investidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Por volta das 09:05, a moeda era cotada a R$ 5,573.

Após anunciar uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras — o que pegou investidores de surpresa — o líder norte-americano voltou à carga no fim de semana, prometendo sobretaxar em 30% as importações do México e da União Europeia a partir de 1º de agosto.

A medida é tratada por parte dos agentes de mercado como uma possível estratégia de negociação, o que ajuda a conter uma disparada maior do dólar no curto prazo.

Lei da Reciprocidade no Brasil

Do lado brasileiro, o vice-presidente Geraldo Alckmin sinalizou neste fim de semana que o governo deve reagir. Segundo ele, a chamada “Lei da Reciprocidade” deve ser apresentada até esta terça-feira (15), em resposta à taxação norte-americana.

Enquanto isso, os mercados seguem atentos a qualquer sinal de trégua ou endurecimento nas conversas entre Brasília e Washington.

A percepção é que uma escalada no conflito tarifário pode reforçar a demanda por dólares, pressionando a moeda americana e aumentando a volatilidade nos mercados emergentes.

O mercado de câmbio começa a semana sob forte expectativa diante das últimas investidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após anunciar uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras — o que pegou investidores de surpresa — o líder norte-americano voltou à carga no fim de semana, prometendo sobretaxar em 30% as importações do México e da União Europeia a partir de 1º de agosto.

A medida, embora vista como drástica, é tratada por parte dos agentes de mercado como uma possível estratégia de negociação, o que ajuda a conter uma disparada maior do dólar no curto prazo.

Indicadores

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,7% em maio ante abril, informou o BC nesta segunda-feira (14).

O indicador foi pior do que a projeção de economistas consultados pela Reuters, que projetavam estabilidade (0%) na base mensal.

Tensão política nos EUA entra no radar

Além do cenário comercial, o mercado monitora com atenção os bastidores da política norte-americana.

O chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, tem enfrentado pressões crescentes no cargo, inclusive com rumores de supostas acusações de corrupção — o que acendeu a luz amarela para uma possível renúncia.

Qualquer instabilidade na liderança do banco central mais poderoso do mundo pode influenciar fortemente as expectativas sobre juros e, por consequência, o dólar globalmente.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.