- Dólar sobe contra o real e reflete cautela do mercado com novas tarifas comerciais dos EUA
- Investidores aguardam dados econômicos e indicadores podem impactar decisões de política monetária
- Tensão comercial pressiona câmbio com anúncio de tarifas dos EUA gerando volatilidade no mercado
O dólar avança frente ao real nesta terça-feira (1), refletindo a cautela dos investidores diante da iminente imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos. Os mercados também aguardam dados econômicos importantes, que podem influenciar as próximas decisões de política monetária.
Cotação do dólar
Às 9h10, o dólar à vista registrava alta de 0,18%, sendo cotado a R$ 5,715 para compra e R$ 5,716 para venda. No mercado futuro, o contrato para maio subia 0,14%, alcançando 5.742 pontos na B3. O dólar turismo operava a R$ 5,805 na compra e R$ 5,985 na venda, refletindo a maior volatilidade do mercado cambial.
Impacto das tarifas e expectativa do mercado
A alta do dólar acontece em um momento de apreensão global. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prepara-se para anunciar novas tarifas sobre importações, impactando o comércio internacional. A medida, apelidada de “Dia da Libertação” pela Casa Branca, pode gerar tensões comerciais e aumentar a aversão ao risco nos mercados emergentes, como o Brasil.
Os investidores também monitoram a Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra dos EUA (JOLTS) e o índice de manufatura do ISM. Esses indicadores podem fornecer sinais sobre a resiliência da economia americana e influenciar expectativas sobre a política de juros do Federal Reserve.
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Movimentação recente e perspectivas
Na última sessão de março, o dólar caiu quase 1%, encerrando o mês com perdas modestas. No entanto, a tendência se inverteu nesta terça-feira, com o mercado ajustando posições à espera de novos desdobramentos na política comercial dos EUA.
Analistas projetam, portanto, um período de maior volatilidade para o câmbio, à medida que as incertezas sobre tarifas e juros nos Estados Unidos continuem influenciando o apetite por risco global.
Caso as novas tarifas sejam mais agressivas do que o esperado, o dólar pode se fortalecer ainda mais perante o real. Dessa forma, ampliando pressões inflacionárias no Brasil e desafiando a estratégia do Banco Central para manter a estabilidade econômica.
Os investidores seguem atentos, enquanto os mercados absorvem os impactos das decisões vindas de Washington e os reflexos sobre a economia global.
