Expectativas e abordagens

Dólar inicia semana em alta, refletindo aversão ao risco global e expectativas do FED

O dólar sobe em relação ao real, acompanhando os mercados globais, com investidores temerosos sobre a abordagem monetária do Federal Reserve.

Imagem/Reprodução
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  • O dólar iniciou a semana com alta de 0,19%, negociado a R$ 6,113, refletindo a aversão ao risco global
  • Investidores aguardam uma postura mais cautelosa do Fed, o que impacta a valorização do dólar em relação ao real
  • O dólar comercial está cotado a R$ 6,113, enquanto o dólar turismo é negociado entre R$ 6,162 e R$ 6,342

O dólar iniciou a segunda-feira (13) com uma leve alta em relação ao real, refletindo a aversão ao risco observada nos mercados financeiros globais. Às 9h11, o dólar à vista subia 0,19%, sendo negociado a R$ 6,113 tanto na compra quanto na venda.

No mercado futuro da B3, o contrato de dólar futuro para o primeiro vencimento (DOLc1) registrava uma alta de 0,39%, sendo negociado a R$ 6,152.

Este movimento está em linha com a cautela que domina os investidores diante da expectativa de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, mantenha uma postura mais conservadora no afrouxamento de sua política monetária.

Aversão ao risco

A aversão ao risco tem dominado os mercados financeiros nas últimas sessões, com os investidores antecipando uma abordagem mais cuidadosa do Fed em relação aos juros.

A expectativa de que o banco central dos Estados Unidos possa demorar mais tempo para adotar uma postura mais flexível em relação à taxa de juros tem gerado um ambiente de incerteza no mercado global.

Esse cenário impacta, no entanto, diretamente os fluxos de capitais e a percepção de risco. Assim, o que contribui para a valorização do dólar em relação a diversas moedas, incluindo o real.

Cotação

Em relação à cotação do dólar hoje, a moeda norte-americana está sendo negociada a R$ 6,113 na compra e venda do dólar comercial.

Para o dólar turismo, a cotação está mais elevada, com a moeda sendo comprada a R$ 6,162 e vendida a R$ 6,342.

A diferença entre as cotações do dólar comercial e turismo reflete as taxas adicionais aplicadas em transações de câmbio para turistas e viagens internacionais.

Essa alta do dólar ocorre em meio a um ambiente global tenso, onde as incertezas em torno da política monetária dos EUA. Além da evolução da economia global e os riscos geopolíticos pesam sobre as decisões dos investidores.

Os mercados têm acompanhado de perto os sinais vindos do Federal Reserve, que, após um longo ciclo de aumento das taxas de juros, está agora mais atento à necessidade de um afrouxamento gradual. Assim, para evitar uma desaceleração excessiva da economia americana.

Inflação

O Federal Reserve já indicou que, embora a inflação tenha mostrado sinais de desaceleração, o processo de redução das taxas de juros será feito de forma gradual para não colocar em risco a estabilidade econômica dos Estados Unidos.

Esse posicionamento mais cauteloso do banco central dos EUA tem gerado incerteza nos mercados financeiros. E, por consequência, na moeda americana, que acaba sendo procurada como um porto seguro.

Além disso, a valorização do dólar reflete uma tendência global, onde a moeda americana tende a se fortalecer em momentos de aversão ao risco, quando os investidores buscam ativos mais seguros.

Com o real sendo uma das moedas mais volúveis em tempos de incerteza econômica, o Brasil sente os reflexos dessa pressão no câmbio, o que leva a uma oscilação frequente nas taxas de câmbio.

A expectativa para os próximos dias é de que o dólar continue a operar em alta, já que os investidores permanecem atentos às declarações e decisões do Federal Reserve, bem como aos dados econômicos que possam impactar as perspectivas para a economia global.

O cenário de cautela nos mercados tende a persistir, o que pode manter a moeda americana valorizada em relação ao real por mais algum tempo.

Em resumo, o dólar começou a semana com uma leve alta, refletindo a aversão ao risco no cenário global e as expectativas de uma abordagem mais cautelosa por parte do Federal Reserve.

O impacto desse cenário pode seguir afetando o câmbio brasileiro, com o real se desvalorizando frente à moeda americana nas próximas sessões.