
- Dólar sobe após sete sessões de queda: Moeda norte-americana opera em alta após decisão do Copom
- Impacto da Selic: Elevação da taxa de juros afeta atração de capital estrangeiro
- Expectativas para o câmbio: Mercado acompanha decisões do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil
O dólar à vista abriu em alta nesta quinta-feira (16), registrando um avanço de 0,14% e sendo negociado a R$ 5,655 para compra e R$ 5,656 para venda.
O movimento ocorre um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual pela terceira reunião consecutiva, mantendo sua diretriz de aperto monetário.
Na B3, o contrato futuro de dólar para abril, que atualmente apresenta maior liquidez no mercado brasileiro, registrava alta de 0,48%, alcançando os 5.665 pontos. O mercado cambial reage ao impacto da decisão do Copom e às perspectivas para os juros no Brasil e nos Estados Unidos.
Cotação do dólar
- Dólar comercial
- Compra: R$ 5,655
- Venda: R$ 5,656
- Dólar turismo
- Compra: R$ 5,707
- Venda: R$ 5,887
Reação do mercado e demais fatores
A alta do dólar ocorre após a moeda norte-americana registrar sete sessões consecutivas de queda frente ao real, fechando a quarta-feira na menor cotação em cinco meses. O ajuste reflete o impacto da decisão do Banco Central e a análise de investidores sobre os próximos passos da política monetária brasileira.
A elevação da taxa Selic busca conter a inflação, mas também atrai investidores estrangeiros interessados em ganhos maiores em ativos brasileiros. Esse fluxo tende a valorizar o real, mas incertezas no cenário internacional podem influenciar oscilações no câmbio.
Impactos da decisão do Copom
A decisão do Copom de elevar a Selic reforça o compromisso do Banco Central com o controle da inflação, o que pode manter o real relativamente valorizado no curto prazo.
No entanto, a expectativa sobre a política de juros dos Estados Unidos também pesa na direção do câmbio. Caso o Federal Reserve (Fed) mantenha uma postura mais restritiva, o dólar, contudo, pode ganhar força globalmente, pressionando moedas emergentes como o real.
Perspectivas para o câmbio
Analistas apontam que a volatilidade do dólar deve continuar, influenciada pelo ritmo de corte de juros nos EUA e pela condução da política monetária brasileira.
Se o Banco Central indicar um possível afrouxamento nos juros nos próximos meses, o real pode sofrer desvalorização. Por outro lado, se a taxa Selic continuar elevada por mais tempo, a moeda brasileira, no entanto, tende a se fortalecer.