- O dólar à vista operava com leve queda de 0,03%, cotado a R$ 6,022, com investidores atentos ao início do governo Trump e às taxas de juros globais
- O IBC-Br registrou alta de 0,10% em novembro, superando a expectativa de estagnação, o que indicou uma leve recuperação da economia
- O Banco Central realizará um leilão de swap cambial para rolar contratos de 3 de fevereiro de 2025, mantendo a liquidez no mercado e monitorando o câmbio
O dólar à vista começou a quinta-feira (16) operando perto da estabilidade em relação ao real, com os investidores ajustando suas posições antes do início do novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Além disso, estão observando atentamente as movimentações nas taxas de juros das principais economias globais.
No Brasil, o mercado também reagiu ao Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). No entanto, que registrou uma alta de 0,10% em novembro, em comparação com o mês anterior, conforme dados dessazonalizados divulgados pelo Banco Central.
O número superou a expectativa de estagnação, de acordo com pesquisa da Reuters, o que gerou otimismo entre os analistas sobre a recuperação econômica do país.
Cotação e expectativas para o mercado cambial
Às 9h10, o dólar à vista registrava uma leve queda de 0,03%, cotado a R$ 6,022 na compra e R$ 6,023 na venda.
Esse movimento de pouca variação no início das negociações reflete um cenário de cautela por parte dos investidores. Contudo, que aguardam atentos mais definições sobre o rumo da economia global e local. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento mais próximo subia 0,01%, sendo negociado a 6,034 pontos.
Na quarta-feira (15), o dólar à vista teve uma queda de 0,36%, fechando a R$ 6,0251, o menor valor de fechamento desde o dia 12 de dezembro de 2024. Esse movimento de queda, embora leve, reforça a percepção de que o mercado está atento aos indicadores econômicos locais e globais. E, assim, demonstra uma tendência de relativa estabilidade para a moeda norte-americana nas últimas sessões.
Indicadores econômicos e expectativas sobre o PIB
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou uma alta de 0,10% em novembro em comparação com outubro. Dessa forma, indicando uma leve recuperação da economia brasileira.
A expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters, era de que o IBC-Br mostrasse estagnação no período.
Esse resultado positivo sinaliza que a economia pode estar se sustentando diante dos desafios globais e internos. Dessa forma, o que é uma boa notícia para o Brasil em um momento de incertezas políticas e econômicas.
O IBC-Br é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), e o crescimento de 0,10% em novembro levanta as expectativas de que o Brasil possa ter registrado algum avanço no PIB no final de 2024. Ainda, com possíveis reflexos positivos no mercado cambial.
Apesar da alta modesta, o dado reforça a ideia de que a recuperação econômica segue em curso, ainda que de forma gradual. Assim, o que pode influenciar diretamente o comportamento do dólar.
Perspectivas para a política monetária global
O mercado também segue atento às decisões das principais economias em relação às taxas de juros.
As expectativas são de que o Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos e outros bancos centrais ao redor do mundo possam adotar posturas mais cautelosas. Dessa forma, com os investidores avaliando os impactos de eventuais mudanças nas políticas monetárias.
A próxima reunião do Fed e dos outros bancos centrais, bem como o impacto do início do governo Trump, deverão ser determinantes para a direção que o dólar tomará frente ao real nos próximos dias.
A política fiscal e monetária nos Estados Unidos, somada à evolução da atividade econômica global, terá influência direta nas expectativas de crescimento econômico. Que, por sua vez, afeta o câmbio e os investimentos estrangeiros no Brasil.
Leilão de swap cambial e expectativas para a moeda brasileira
No Brasil, o Banco Central realizará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento dos contratos de 3 de fevereiro de 2025.
Essa ação faz parte da estratégia do Banco Central de manter a estabilidade do mercado cambial e fornecer liquidez à economia, evitando grandes flutuações no valor do real frente ao dólar.
Cotação do dólar turismo e comercial
Além do dólar à vista, o dólar turismo segue em alta, com a cotação de venda variando entre R$ 6,133 e R$ 6,313, dependendo da casa de câmbio.
O dólar comercial, por sua vez, foi cotado na abertura a R$ 6,022 para compra e R$ 6,023 para venda, refletindo a leve estabilidade observada nos primeiros momentos de negociação desta quinta-feira.
Com o cenário externo e interno ainda em fase de ajustes, o mercado continua a monitorar de perto os indicadores econômicos e as políticas monetárias que poderão influenciar a trajetória do dólar nos próximos dias.