- O dólar iniciou o dia com queda de 1,09%, cotado a R$ 6,055, mas segue com tendência de alta na semana
- O BC realizará leilões para vender até 7 bilhões de dólares, com o objetivo de controlar a volatilidade da moeda
- Os investidores continuam monitorando o impacto do pacote fiscal no Congresso, que gera incertezas sobre a economia
- Dólar comercial está sendo negociado a R$ 6,055 (venda), e o dólar turismo varia entre R$ 6,285 e R$ 6,465
O dólar iniciou as negociações desta sexta-feira (20) em baixa frente ao real, mas se encaminha para fechar a semana em alta. Ainda, com os investidores à espera de novas intervenções no mercado de câmbio pelo Banco Central.
Às 9h53, a moeda americana estava sendo negociada a R$ 6,055 na venda, uma queda de 1,09% em relação ao fechamento da última quinta-feira. No entanto, as expectativas continuam em alta, uma vez que o BC deve realizar uma operação de venda de até 7 bilhões de dólares nesta sessão.
Marcada pela baixa
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento também registrava queda de 1,27%, cotado a R$ 6,083. Embora o dólar tenha recuado um pouco nesta manhã, a moeda ainda está caminhando para terminar a semana com valorização acumulada.
A quinta-feira (19) foi marcada pela baixa de 2,29% no dólar à vista, que encerrou o dia cotado a R$ 6,1243. Assim, sendo o segundo maior valor nominal de fechamento da história. No entanto, mesmo com a queda, o dólar permanece próximo de seus níveis elevados. O que mantém, portanto, a atenção dos investidores e analistas.
Invervenção do BC
O Banco Central do Brasil, em um esforço contínuo para tentar controlar a volatilidade da moeda, anunciou que fará novas intervenções no mercado cambial.
Serão realizados três leilões de câmbio nesta sessão, com o objetivo de injetar liquidez no mercado e tentar amenizar a pressão sobre o real.
A autoridade monetária pode vender até 7 bilhões de dólares, sendo dois leilões de linha, com compromisso de recompra, de até 2 bilhões de dólares cada. E< ainda, um leilão à vista, com lote máximo de 3 bilhões de dólares.
Além disso, o BC também promoverá a venda de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional. Com o objetivo de rolar o vencimento de 3 de fevereiro de 2025. Essas ações visam proporcionar maior estabilidade ao mercado e suavizar a oscilação da moeda.
Enquanto isso, os investidores ainda digerem os impactos do avanço do pacote fiscal do governo no Congresso.
Impacto do pacote fiscal
O pacote, que trouxe novas discussões sobre medidas fiscais e orçamentárias, adiciona um fator de incerteza que influencia o comportamento do mercado de câmbio.
O impacto das mudanças fiscais sobre a política econômica e sobre o fluxo de investimentos no Brasil continua a ser uma preocupação para os operadores de mercado.
Os analistas também têm observado as movimentações do Banco Central como um reflexo do esforço contínuo para manter a estabilidade da moeda e controlar o valor do dólar.
A cada nova ação da autoridade monetária, surge a expectativa de que o BC consiga amenizar a volatilidade da moeda. Mas, há o receio de que o real continue desvalorizado em relação ao dólar ainda é uma preocupação no mercado.
O impacto das operações do BC, aliadas ao cenário fiscal, pode continuar a gerar oscilações nos preços da moeda americana no curto prazo. Contudo, o que faz com que os investidores sigam atentos às movimentações diárias no câmbio.
A tensão em relação ao comportamento do dólar reflete a insegurança sobre o futuro econômico do Brasil. Especialmente com o avanço de reformas que têm gerado apreensão no mercado.
Cotações do dólar hoje
- Dólar Comercial:
- Compra: R$ 6,054
- Venda: R$ 6,055
- Dólar Turismo:
- Compra: R$ 6,285
- Venda: R$ 6,465
Com as próximas ações do Banco Central e as expectativas sobre o pacote fiscal, o mercado seguirá atento à evolução do câmbio e aos impactos das políticas econômicas no valor do dólar frente ao real.