- O dólar à vista registrou queda de 0,17%, cotado a R$ 6,257, após alta de 2,78% na véspera
- O Banco Central realizará um leilão de até US$ 3 bilhões em dólares à vista nesta quinta-feira (19)
- O contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subiu 0,22%, alcançando R$ 6,269
- O Banco Central também fará leilão de 15.000 contratos de swap cambial para rolagem de vencimento de 2025
O dólar à vista iniciou esta quinta-feira (19) com leve queda após a alta expressiva de quase 3% registrada na véspera. Permanecendo, porém, acima de R$ 6,25.
Investidores se mantêm vigilantes quanto à tramitação do pacote fiscal no Congresso e aguardam o anúncio do Relatório Trimestral de Inflação. Além de um novo leilão de dólares à vista do Banco Central, que ocorrerá nesta manhã.
O Banco Central realizará o quinto leilão de dólares à vista na semana, com a oferta de até 3 bilhões de dólares.
Como permanece o dólar?
Às 09h18, o dólar à vista registrava uma queda de 0,17%, cotado a R$ 6,257. Enquanto o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,22%, sendo negociado a R$ 6,269.
Na quarta-feira (18), o dólar fechou em alta de 2,78%, cotado a R$ 6,2679, alcançando o maior valor nominal de fechamento da história.
Além do leilão de dólares à vista, o Banco Central realizará também a oferta de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025. Com isso, o mercado segue atento às movimentações da autoridade monetária para avaliar as perspectivas para a moeda norte-americana no curto prazo.
Os investidores permanecem cautelosos, observando a tramitação do pacote fiscal do governo no Congresso, que pode impactar diretamente as expectativas sobre o futuro da economia brasileira. E, consequentemente, a cotação do dólar.
O governo também deve anunciar novas medidas econômicas que podem influenciar o mercado cambial.
Comportamento
Em relação aos preços do dólar, o valor de venda no mercado comercial ficou em R$ 6,257. Enquanto o dólar turismo foi cotado entre R$ 6,151 na compra e R$ 6,331 na venda. O comportamento da moeda norte-americana continua a ser influenciado por uma série de fatores, incluindo as intervenções do Banco Central. Além do desempenho da economia global e as reformas fiscais em discussão no Brasil.
Dólar atinge R$ 6,28, pressionado por incertezas fiscais e cenário externo adverso
O dólar seguiu sua trajetória de valorização nesta terça-feira (17), tocando a marca histórica de R$6,25, embora tenha recuado para fechar acima de R$6,09. Apesar da leve recuperação no final do pregão, o valor do real frente ao dólar ainda é o mais baixo dos últimos 24 anos, com uma desvalorização acumulada de 21,52% em 2024, conforme o índice Ptax, taxa de referência para contratos denominados em real.
Esse desempenho marca o quinto pior patamar cambial desde 2000 e se aproxima da queda observada durante o pico da pandemia de Covid-19, conforme apontado pelo analista Einar Rivero, da Elos Ayta a reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico. Segundo Rivero, a diferença de apenas 0,92 ponto percentual em relação à crise de 2020 é um reflexo direto das dificuldades econômicas e da pressão cambial persistente que o Brasil enfrenta.