Incertezas sobre tarifas

Dólar recua com queda da dívida pública e tensões comerciais nos EUA

Moeda opera em baixa diante de dados positivos da economia brasileira e incertezas sobre tarifas norte-americanas.

Imagem/Reprodução
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  • Dólar cai 0,40% nesta sexta-feira, negociado a R$ 5,722 na venda
  • Dívida pública bruta surpreende e recua para 75,3% do PIB
  • Mercado acompanha movimentações sobre tarifas de Donald Trump

O dólar iniciou a sexta-feira (14) em queda frente ao real, refletindo o otimismo do mercado após a dívida pública bruta do Brasil surpreender positivamente em janeiro. Ao mesmo tempo, os investidores continuam atentos às tensões comerciais geradas pelos planos tarifários do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Movimentação do dólar nesta sexta-feira

Por volta das 9h17, o dólar comercial registrava queda de 0,40%, sendo cotado a R$ 5,721 na compra e R$ 5,722 na venda. Na B3, o contrato futuro para abril recuava 0,51%, aos 5.794 pontos, acompanhando o movimento do mercado à vista.

Na quinta-feira (13), a moeda norte-americana já havia fechado com leve baixa de 0,19%, a R$ 5,7974, demonstrando um alívio no câmbio após semanas de pressão.

Dívida pública surpreende positivamente

A queda inesperada da dívida pública bruta do Brasil impulsionou o sentimento dos investidores. Segundo o Banco Central, o indicador fechou janeiro em 75,3% do PIB, ante os 76,1% registrados em dezembro. O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado, que projetava 76,2%.

Esse desempenho positivo foi influenciado pelo superávit primário do setor público consolidado, refletindo o esforço do governo em controlar as contas públicas. O dado fortalece a percepção de solvência da economia brasileira, contribuindo para o recuo do dólar frente ao real.

Impacto das tensões comerciais nos EUA

Apesar do alívio gerado pelo cenário fiscal brasileiro, as incertezas externas ainda pesam sobre o mercado. Os planos tarifários de Donald Trump, caso ele retorne à presidência dos Estados Unidos, geram preocupação global. O ex-presidente tem indicado que pode adotar medidas protecionistas mais agressivas, o que poderia impactar o comércio internacional e afetar a economia de países emergentes como o Brasil.

Cotações atualizadas

  • Dólar comercial
    • Compra: R$ 5,721
    • Venda: R$ 5,722
  • Dólar turismo
    • Compra: R$ 5,836
    • Venda: R$ 6,016

Perspectivas para o mercado

O comportamento do dólar deve continuar oscilando conforme novos dados econômicos forem divulgados e o cenário político global evoluir. Caso o Brasil mantenha uma gestão fiscal equilibrada e a economia siga dando sinais positivos, o real pode continuar ganhando força no curto prazo. Por outro lado, qualquer intensificação das tensões comerciais entre EUA e outras potências pode reverter esse movimento.

Os investidores agora aguardam novos desdobramentos sobre a política econômica norte-americana e a evolução do cenário fiscal brasileiro para definir suas próximas movimentações no mercado cambial.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ