
- Alta do dólar após sete quedas: O dólar à vista subiu ante o real nesta quinta-feira (16), interrompendo uma sequência de sete sessões consecutivas de baixa
- Impacto da decisão do Copom: O Comitê de Política Monetária elevou a Selic em 1 ponto percentual, alinhado às expectativas, mas o tom conservador do comunicado gerou cautela
- Cautela dos investidores: O tom mais conservador adotado pelo Banco Central no comunicado aumentou a aversão ao risco, influenciando a alta da moeda norte-americana
O dólar à vista subiu ante o real nesta quinta-feira (16), encerrando uma sequência de sete sessões consecutivas de queda. O movimento ocorre após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic em 1 ponto percentual, em linha com as expectativas do mercado.
No entanto, o Banco Central adotou um tom considerado mais conservador em seu comunicado, aumentando a cautela dos investidores.
O cenário internacional também influenciou a valorização do dólar. O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reforçou que não tem pressa em cortar os juros, o que fortaleceu a moeda norte-americana globalmente. Além disso, a queda no preço do minério de ferro na China também afetou o apetite por risco no Brasil.
Fatores que impulsionaram a alta do dólar
- Decisão do Copom: O Banco Central manteve um tom mais conservador sobre a Selic, elevando os juros em 1 ponto percentual e gerando incertezas sobre os próximos passos da política monetária.
- Postura do Fed: Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, indicou que não há pressa para cortar os juros nos EUA, o que fortaleceu o dólar globalmente.
- Queda do minério de ferro: A desvalorização da commodity na China afetou o humor do mercado brasileiro, reduzindo a entrada de capital estrangeiro.
Cotação do dólar
O dólar à vista fechou em alta de 0,49%, a R$ 5,6763, após atingir na véspera sua menor cotação em cinco meses. Já o contrato futuro para abril subiu 0,42%, a R$ 5,6870.
Dólar comercial:
- Compra: R$ 5,676
- Venda: R$ 5,676
Dólar turismo:
- Compra: R$ 5,707
- Venda: R$ 5,887
Reação do mercado
No Brasil, os juros futuros também subiram, refletindo um aumento da cautela do mercado. O leilão de títulos prefixados do Tesouro atraiu investidores estrangeiros, mas a decisão do Copom e o cenário global mantiveram o real pressionado.
No âmbito político, a discussão sobre o Orçamento de 2025 também foi acompanhada de perto pelo mercado. O relator do projeto, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), não atendeu ao pedido do governo Lula para incluir a programação orçamentária do programa social Pé-de-Meia sem a necessidade de nova autorização do Congresso.