- O dólar à vista opera em alta, superando os R$ 5,81, enquanto o dólar futuro também registra valorização
- Incertezas sobre tarifas e medidas comerciais dos EUA pressionam o mercado cambial
- O cenário fiscal brasileiro continua a pesar sobre a confiança dos investidores
O dólar à vista registrava valorização nas primeiras negociações desta quinta-feira, refletindo um movimento de alta em meio a incertezas globais. Além das preocupações sobre o cenário fiscal no Brasil.
Às 9h17, a moeda americana operava em alta de 0,28%, cotada a R$ 5,818 na compra e R$ 5,820 na venda. O movimento também foi observado no mercado futuro, com o dólar para março, o mais líquido, subindo 0,22%, atingindo R$ 5,818.
O dia começou com o dólar à vista em alta, já se aproximando da casa de R$ 5,82. O dólar turismo, por sua vez, apresentava valores mais elevados. Dessa forma, com a compra sendo feita a R$ 5,842 e a venda atingindo R$ 6,022.
Esses números, portanto, refletem o nervosismo dos investidores, que continuam a reagir a fatores internos e externos que afetam a economia global e brasileira.
Cenário global e incertezas comerciais
A pressão sobre o real vem, em grande parte, de fatores externos. O dólar americano se firmou durante o dia, especialmente devido a comentários recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O líder americano fez declarações sobre a possibilidade de impor tarifas à Europa e adiar taxas planejadas para o Canadá e o México. Contudo, o que gerou mais incertezas sobre as relações comerciais globais.
Essas promessas vagas alimentaram as tensões nos mercados financeiros, com os investidores ainda receosos sobre o impacto de novas tarifas. Além das medidas protecionistas no comércio internacional.
Além disso, os mercados globais também operaram de maneira positiva, com ganhos em algumas bolsas internacionais, o que, de certa forma, contribuiu para o movimento de alta do dólar.
Preocupações com o cenário brasileiro
No cenário doméstico, a situação fiscal do Brasil permanece um ponto de preocupação. Apesar de alguns avanços nas discussões sobre a reforma fiscal e o controle da dívida pública, o mercado continua a seguir com cautela.
A instabilidade fiscal, combinada com as incertezas políticas e a dúvida sobre a continuidade de reformas essenciais, tem influenciado a confiança dos investidores, o que reflete diretamente na valorização do dólar frente ao real.
A falta de medidas concretas para a estabilização fiscal e o desafio de reduzir o déficit público têm deixado o Brasil em uma posição vulnerável, afetando o apetite por risco dos investidores estrangeiros.
Este cenário tem gerado uma pressão constante sobre a moeda brasileira, que continua a operar com uma cotação mais alta em comparação com outras moedas emergentes.