- Dólar inicia sexta-feira em alta e caminha para fechar a semana com ganhos
- Mercado monitora inflação nos EUA e planos tarifários de Trump
- Banco Central realiza leilão de swaps cambiais para rolagem
O dólar iniciou esta sexta-feira (28) em alta frente ao real, ampliando sua sequência de valorização pela terceira sessão consecutiva. O movimento reflete a preocupação dos investidores com os próximos dados de inflação nos Estados Unidos e os desdobramentos das tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos mexicanos, canadenses e chineses.
Cotação do dólar nesta sexta-feira
Por volta das 9h09, o dólar à vista subia 0,23%, sendo negociado a R$ 5,841 para compra e R$ 5,842 para venda. No mercado futuro da B3, o contrato do dólar com primeiro vencimento registrava avanço de 0,24%, atingindo 5.847 pontos. Na quinta-feira, a moeda norte-americana fechou com alta de 0,47%, cotada a R$ 5,8293.
Movimentos do Banco Central
Para conter a volatilidade e garantir liquidez ao mercado, o Banco Central realiza um leilão de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional. A operação visa a rolagem dos contratos com vencimento em 1º de abril de 2025, ajudando a reduzir oscilações bruscas no câmbio.
Cotações do dólar comercial e turismo
- Dólar comercial
- Compra: R$ 5,829
- Venda: R$ 5,829
- Dólar turismo
- Compra: R$ 5,854
- Venda: R$ 6,034
Efeitos das tarifas de Trump no mercado
A alta do dólar ocorre em meio a um cenário global de aversão ao risco, impulsionado pela decisão de Trump de implementar tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá a partir de 4 de março. Além disso, ele anunciou uma taxa extra de 10% sobre as importações chinesas, contrariando expectativas de um possível adiamento.
Essas medidas aumentam a incerteza no comércio internacional e pressionam as moedas emergentes, como o real. Os investidores seguem atentos aos impactos dessas tarifas e à divulgação de novos dados de inflação nos EUA, que podem influenciar a política monetária do Federal Reserve e, consequentemente, a trajetória do dólar.
O mercado continua monitorando os desdobramentos dessas decisões e seus reflexos na economia global, enquanto o dólar se mantém em patamares elevados no Brasil.