Disputa pela liderança

Duelo de fintechs: gigante brasileira tem concorrente londrina na cola em busca pelo topo da América Latina

Disputa promete ser acirrada, com expansão bilionária em Brasil, México e Colômbia e a meta de conquistar mais de 200 milhões de clientes.

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Crédito: Depositphotos.
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  • Revolut declarou que a disputa com o Nubank será uma “batalha de titãs” na América Latina.
  • Fintech britânica acelera expansão no Brasil, México, Colômbia e Argentina.
  • Empresa mira ser um “Pix global”, oferecendo todos os serviços em uma única plataforma.

A disputa pelo comando do mercado financeiro digital da América Latina ganhou um novo capítulo. O Revolut, fintech britânica que já figura entre as maiores do mundo, declarou que a competição com o Nubank será uma verdadeira “batalha de titãs”.

Em evento em Londres, executivos da empresa afirmaram que a expansão na região será intensa. Além do Brasil, onde já atua, a companhia está avançando no México, na Colômbia e, em breve, deve acelerar sua entrada na Argentina.

Expansão e estratégia

O fundador do Revolut, Nik Storonsky, já afirmou que quer alcançar 100 países e 100 milhões de clientes no curto prazo. No Brasil, a operação é liderada por Glauber Mota, que destacou que, por enquanto, o foco está em transferências internacionais e investimentos.



De acordo com ele, a fintech britânica ainda não prioriza crédito, ao contrário do Nubank. No entanto, os caminhos devem convergir nos próximos anos, especialmente quando o Revolut lançar seu cartão de crédito no país.

Essa estratégia coloca as duas empresas em rota de colisão, o que deve aumentar a concorrência no mercado bancário digital e também pressionar os grandes bancos tradicionais.

Comparação com incumbentes

O CEO do Revolut no México, Juan Guerra, afirmou que a disputa não será apenas com o Nubank. Segundo ele, bancos como Santander e BBVA também estão no radar da fintech britânica.

“Se eu fosse eles, vendo o que o Revolut fez na Espanha, eu estaria preocupado”, disse Guerra, ressaltando que os grandes bancos precisam se mover para manter clientes satisfeitos.

Além disso, Guerra utilizou uma metáfora para destacar a visão da empresa: enquanto os bancos tradicionais seriam como foguetes da Nasa, pesados e antigos, o Revolut se compara à Millennium Falcon, de Star Wars, veloz e em outro patamar.

Visão de futuro

A meta da empresa é clara: tornar-se um “one stop shop”, oferecendo todos os serviços financeiros em uma única plataforma. Para isso, o Revolut aposta na facilidade de transferências globais e no lançamento de novos produtos.

Ademais, segundo Ignacio Zunzunegui, diretor de crescimento para o sul da Europa e América Latina, a ideia é que o Revolut se torne o Pix global, permitindo enviar dinheiro para qualquer pessoa em qualquer parte do mundo com simplicidade.

Por fim, esse posicionamento reforça a ideia de que a competição será intensa, já que tanto o Revolut quanto o Nubank disputam o mesmo espaço: a principalidade do cliente na vida financeira.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.