
- A Brava saiu da fase mais dura e prioriza eficiência, caixa e desalavancagem com ganho de previsibilidade
- Atlanta e Papa-Terra puxam o crescimento com TIRs elevadas e metas de 30–35 mil bpd até 2026
- A gestão mira 100 mil bpd em 2025 e prepara dividendo quando a alavancagem cair de 1,5x a partir de 2026
A Brava Energia (BRAV3) iniciou 2025 entregando estabilidade operacional e disciplina financeira. Assim, a Genial Investimentos avalia que a empresa superou a fase mais desafiadora e reposicionou a tese.
Ao mesmo tempo, a casa enxerga tração em produção, sinergias de 3R+Enauta e gestão de dívida. Portanto, o terreno para caixa forte e dividendos começa a se firmar.
Virada operacional
A leitura da Genial é direta: a Brava saiu do sufoco. Além disso, a companhia desacelerou o capex após as entradas em operação críticas.
Com isso, a gestão prioriza eficiência, fluxo de caixa e desalavancagem. Portanto, a previsibilidade melhora.
Por fim, a corretora ainda vê gatilhos mais claros em PRIO3. Contudo, mantém visão construtiva para BRAV3 enquanto revisa a recomendação.
Motores offshore: Atlanta e Papa-Terra
Em Atlanta, o plano prevê duas novas perfurações no 4T26. Além disso, os poços produtores devem subir de seis para oito.
Segundo a Genial, a TIR real estimada é de 38% no preço atual do Brent. Assim, os efeitos começam a aparecer a partir de 2027.
Em Papa-Terra, a produção estável em cerca de 19 mil bpd marca máxima histórica. Portanto, a meta é recuperar até 15% do óleo in place e alcançar 30–35 mil bpd até o fim de 2026.
Caixa, dívida e proventos
A produção média atingiu 91 mil bpd em julho. Além disso, a meta interna mira 100 mil bpd até dezembro.
Com esse ritmo, o Ebitda anual tende a ficar próximo de US$ 1 bilhão. Portanto, a empresa projeta ao menos US$ 250 milhões por trimestre.
Enquanto isso, a Brava trabalha para fechar 2025 com alavancagem abaixo de 2,0x. Assim, a companhia pretende iniciar dividendos quando o indicador cair de 1,5x a partir de 2026.
Portfólio e comercialização
A estratégia mantém diversificação entre offshore, onshore e refino/trading. Além disso, a flexibilidade operacional sustenta o caixa no ciclo.
No onshore, a empresa reduz perfurações no curto prazo e preserva produção. Dessa forma, técnicas como injeção de polímeros melhoram a recuperação.
Ao mesmo tempo, a área comercial segue cortando o desconto do óleo pesado. Assim, a meta inclui reduzir mais US$ 0,50 por barril.
Balanço do 2T25
O 2T25 veio forte e confirmou a virada. Além disso, o lucro líquido foi de R$ 1,05 bilhão e reverteu prejuízo anual.
O Ebitda ajustado somou R$ 1,33 bilhão, alta de 29% na base anual. Portanto, a receita líquida chegou a R$ 3,14 bilhões, com leve avanço.
Enquanto isso, o capex caiu pelo segundo trimestre seguido após a primeira etapa de Atlanta. Assim, a empresa terminou com US$ 933 milhões em caixa e dívida líquida/Ebitda de 3,1x, com objetivo de encerrar o ano abaixo de 2,0x.