Bem na pista

Essa fintech já superou a Petrobras e desponta como empresa mais valiosa do Brasil

Com valorização de 50% em 2025, fintech atinge US$ 77 bilhões em valor de mercado e só fica atrás do Mercado Livre

Apoio

Crédito: Depositphotos.
Crédito: Depositphotos.
  • Nubank (NU) ultrapassou a Petrobras (PETR4) e virou empresa mais valiosa do Brasil.
  • Valor de mercado chegou a US$ 77,3 bilhões, atrás apenas do Mercado Livre (MELI).
  • Analistas apontam crescimento robusto, mas alertam para desafios na expansão internacional.

O Nubank (ROXO34) superou a Petrobras (PETR4) e se tornou a empresa mais valiosa do Brasil, com valor de mercado de US$ 77,3 bilhões. O banco digital agora ocupa a segunda posição na América Latina, atrás apenas do Mercado Livre (MELI34).

A valorização ocorre após um avanço de 50% nas ações em 2025, impulsionado pelo crescimento da base de clientes e pela solidez financeira. O movimento reflete a confiança dos investidores no modelo de negócios da fintech liderada por David Vélez e Cristina Junqueira.

Nubank dispara e consolida liderança no mercado

O desempenho do Nubank na Bolsa de Nova York (NYSE) mostra força consistente. Suas ações fecharam a US$ 16 nesta segunda-feira (27), acumulando alta expressiva no ano. Já as ações da Petrobras (PETR3) recuaram 20% em meio à queda do petróleo e à instabilidade política.


ipo nubank
O Nubank superou a Petrobras e se tornou a empresa mais valiosa do Brasil, com US$ 77,3 bilhões em valor de mercado, apesar dos desafios globais.

A fintech alcançou 122,7 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia — um aumento de 17% em 12 meses. O lucro líquido trimestral somou US$ 637 milhões, com retorno sobre o patrimônio ajustado de 31%. Esses números reforçam a expansão e a eficiência do banco digital.

Além disso, o Nubank solicitou licença para operar como banco nos Estados Unidos, passo considerado estratégico para ampliar sua presença internacional e diversificar receitas.

América Latina: Nubank só perde para o Mercado Livre

De acordo com dados da Bloomberg, o Nubank agora ocupa a segunda posição entre as empresas mais valiosas da América Latina, superando gigantes tradicionais. A liderança segue com o Mercado Livre, avaliado em US$ 115,7 bilhões.

Além disso, entre as dez maiores companhias da região, seis são brasileiras, incluindo Itaú Unibanco (ITUB4), Vale (VALE3), BTG Pactual (BPAC11) e Ambev (ABEV3). O ranking reforça o peso do mercado nacional na economia latino-americana.

Portanto, no Brasil, o Nubank já atinge 60% da população adulta. No México, conta com 12 milhões de clientes, e na Colômbia, 1,4 milhão de cartões ativos, uma penetração próxima de 10% da população adulta.

Analistas veem potencial, mas alertam para desafios

Para o JPMorgan, o pedido de licença nos EUA é positivo, mas de impacto de médio prazo. O banco ressalta que o mercado norte-americano é mais competitivo, com custos de aquisição de clientes elevados. Mesmo assim, vê espaço para expansão gradual se a operação for bem executada.

Ademais, o Bradesco BBI projeta lucro líquido de US$ 728 milhões no 3º trimestre de 2025, alta de 14,3% sobre o trimestre anterior. A instituição prevê expansão da margem de juros líquida e melhora nos custos de financiamento, especialmente no México.

Já o Citi destaca a qualidade da carteira de crédito e o crescimento gradual dos limites oferecidos aos clientes. Por fim, segundo o analista Gustavo Schroden, o banco mantém conforto com o risco de crédito e segue “acelerando sua carteira de empréstimos com solidez”.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.