
- Totvs (TOTS3) teve peso elevado de 8% para 9%; WEG (WEGE3) caiu de 8% para 7%.
- Mudança reflete visão mais construtiva para tecnologia e menor apetite por industriais no curto prazo.
- Outras carteiras também foram ajustadas, com destaque para inclusão de BlackRock e Orizon.
A Toro Investimentos, em conjunto com a Santander Corretora, realizou ajustes pontuais em sua carteira recomendada Ibovespa+ para o mês de agosto de 2025. A principal mudança foi o aumento da participação da Totvs (TOTS3), que passou a ocupar 9% do portfólio, ante 8% no mês anterior.
Para equilibrar a nova composição, os analistas optaram por reduzir a fatia da WEG (WEGE3) em 1 ponto percentual, recuando de 8% para 7%. A decisão busca refinar a exposição setorial e realinhar a carteira ao atual cenário de juros, câmbio e resultados corporativos.
Totvs ganha espaço com visão otimista para tecnologia
A Totvs, empresa de software e serviços de gestão, ganhou protagonismo na carteira graças ao seu modelo de negócios resiliente, crescimento recorrente e margens operacionais sólidas. Em meio à volatilidade do mercado, a companhia se destaca por oferecer previsibilidade e exposição ao setor de tecnologia, um dos poucos com crescimento sustentado neste ciclo.
Assim, segundo o relatório, a elevação no peso da Totvs reflete uma visão mais construtiva para empresas de tecnologia doméstica, especialmente diante de uma economia mais digitalizada e da demanda contínua por soluções de eficiência empresarial.
Além disso, a Totvs tem conseguido manter bons resultados mesmo com o ambiente macroeconômico desafiador. As margens se mantiveram estáveis, e o crescimento inorgânico por meio de aquisições estratégicas fortalece a tese de consolidação do setor.
Desse modo, com esse movimento a Toro/Santander reforça a busca por ativos com capacidade de atravessar ciclos econômicos com menor volatilidade e entrega consistente de valor ao acionista.
Redução na WEG é tática, não estrutural
A redução no peso da WEG (WEGE3) de 8% para 7% não representa uma perda de confiança na empresa. Segundo os analistas, trata-se de um ajuste técnico que responde à necessidade de reequilibrar o portfólio, sem alterar a visão positiva de longo prazo sobre o papel.
Sendo assim, a WEG continua sendo uma referência no setor industrial e elétrico, com presença global, inovação em produtos e forte geração de caixa. No entanto, no curto prazo, a ação enfrenta maior sensibilidade ao câmbio e à desaceleração da atividade em alguns mercados-chave.
Ademais, o relatório observa que o corte de 1 ponto percentual permite ampliar a exposição a empresas com menor correlação com a indústria pesada e com menor impacto da volatilidade cambial. A carteira segue buscando diversificação equilibrada entre crescimento e resiliência.
Portanto, a WEG permanece como uma posição relevante no portfólio, embora com peso um pouco menor diante da rotação estratégica promovida neste mês.
Outras mudanças nas carteiras Toro/Santander
Além da carteira Ibovespa+, a Toro e o Santander realizaram mudanças em outros modelos recomendados. Na Small Caps, houve a entrada da Orizon (ORVR3), que substituiu a Unipar (UNIP6). A decisão reflete uma tese de crescimento sustentável e menor exposição a volatilidade setorial.
Além disso, na carteira de Fundos Imobiliários (FIIs), foi incluído o HGCR11, com dividend yield estimado de 13% e foco em ativos indexados ao IPCA. O fundo substituiu o RBRF11, enquanto o HSML11 teve redução de peso.
Por fim, a carteira de Empresas Americanas passou a contar com os BDRs da BlackRock (BLAK34), com peso de 5%. Para acomodar essa entrada, foram realizados cortes de 1 ponto percentual em JPMorgan, GE Aerospace, Visa, Berkshire Hathaway e Brookfield.
Desse modo, as carteiras de Valor e Dividendos não sofreram alterações em agosto. A corretora afirmou que a estratégia dessas seleções permanece focada na geração de caixa recorrente e valorização no médio prazo.